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Secretário Carlos Martins durante apresentação na Assembleia
Foto: AGECOM
Dando continuidade às ações integradas de combate à sonegação, o Governo da Bahia, por meio da Secretaria da Fazenda, firmou mais um acordo, desta vez com Minas Gerais. Os estados celebraram cinco protocolos relativos a implantação da substituição tributária entre as duas unidades da federação, que versam sobre a tributação dos seguintes produtos: brinquedos, bicicletas, material de limpeza, artigos de papelaria e material de construção, seguindo a linha dos já vigentes com o estado de São Paulo. Os protocolos entram em vigor neste mês de março, exceto para material de construção, devido às características do segmento e suas especificidades.
De acordo com o secretário da Fazenda, Carlos Martins, a medida alcança 20 mil contribuintes e a comercialização dessas mercadorias gera valores significativos para a arrecadação da Bahia sendo que, em 2009, esses produtos contribuíram com o montante em torno de R$ 200 milhões. "Esperamos um acréscimo significativo desse valor, devido ao aumento da base de contribuintes alcançados, com a possível redução da sonegação no varejo. Essa medida é de grande importância para a disseminação do imposto e para elevação do risco subjetivo que incorre àquele que não cumpre sua obrigação tributária", explica.
Com os protocolos, as empresas de Minas Gerais que enviarem mercadorias desses setores a Bahia, ou vice-versa, farão a retenção e o recolhimento do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em benefício do estado destinatário pelo regime da substituição tributária, através do qual se transfere para o estado de origem o recolhimento do imposto que seria pago em todas as etapas de comercialização até a venda ao consumidor final. Não haverá assim aumento de carga tributária e muito menos de custo dos produtos a serem comercializados.
O secretário Carlos Martins afirma que a implantação da substituição tributária é uma das grandes aliadas do governo no combate à sonegação. "A substituição tributária, ao transferir para a origem a arrecadação do imposto, facilita o acompanhamento do recolhimento do tributo e garante a justiça fiscal, evitando a concorrência desleal de empresas que não recolhem adequadamente o ICMS, tornando assim o ambiente de negócios menos burocrático e dispendioso", explicou Martins.
Substituição Tributária
Graças ao tamanho territorial da Bahia e suas fronteiras com oito unidades da Federação, o estado baiano tem adotado acordos interestaduais com estados produtores e circunvizinhos para a adesão ou exclusão de determinados produtos no regime de substituição tributária. Hoje, já existem acordos interestaduais para medicamentos e produtos farmacêuticos com os estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Tocantins, Maranhão, Paraná e Santa Catarina, dentre outros.
Outro exemplo é o segmento das bebidas quentes, que já faz parte do regime de substituição tributária em produtos com vermutes e outros vinhos de uvas frescas aromatizados por plantas ou substâncias aromáticas, assim como outras bebidas como uísques, vodcas e conhaques.
No mês de agosto do ano passado, a Bahia firmou sete protocolos de substituição tributária com o Estado de São Paulo, em solenidade que contou com a presença dos governadores Jaques Wagner e José Serra. Os protocolos tratavam da tributação dos seguintes produtos: brinquedos, bicicletas, material de limpeza, produtos farmacêuticos, bebidas quentes, materiais de construção e papelaria.