"Todo o cenário de dificuldades que vivemos foi dissipado com as ótimas notícias que tivemos no último trimestre de 2009. São investimentos muito importantes, que coroam o esforço do Governador Jaques Wagner em negociar com esses grandes grupos, resolvendo pendências históricas, como a questão dos créditos do ICMS da indústria petroquímica. O governador foi pessoalmente à França negociar a vinda da Alstom, que agora anuncia a instalação de uma fábrica na Bahia, em um grande momento para Estado, que emplacou 18 projetos no primeiro leilão de energia eólica", justifica o secretário Correia.
FORD
Com a presença do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, do governador Jaques Wagner e do secretário da Indústria, Comércio e Mineração, a Ford anunciou investimentos de R$ 2,4 bilhões na fábrica de Camaçari. O montante será investido a partir de 2011, gerando mil novos empregos diretos e permitindo o aumento da capacidade de produção da fábrica de 250 mil para 300 mil veículos/ano.
"O presidente Lula disse que foi convencido pelo Governador Wagner a prorrogar, até 2015, o prazo de isenção fiscal concedido para a Ford em 1999. Foi quase um ano de negociações", explicou James Correia, destacando que o Complexo Ford, em Camaçari, emprega diretamente 8,4 mil pessoas e, indiretamente, cerca de 90 mil, sendo 90% de mão-de-obra local.
BRASKEM
A Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração também celebra o "destravamento" da indústria petroquímica na Bahia com a assinatura do acordo com a Braskem para a devolução dos créditos do ICMS. "Era uma pendência que se arrastava há 15 anos e que os governos anteriores não tiveram coragem de resolver. Mais uma vez o Governo da Bahia perseverou nas negociações, durante um ano e meio, e assegurou o aporte financeiro de R$ 640 milhões para novos investimentos no Pólo Industrial de Camaçari", destaca do titular da SICM.
"Quando uma empresa do porte da Braskem realiza um acordo para garantir recuperação de crédito, coisa que pedimos há muitos anos, isso repercute sobre todos os empresários e cria uma cadeia de segurança que torna este ato ainda mais importante do que o valor monetário dele em si", comentou, na ocasião da celebração do acordo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Victor Ventin.
MIRABELA
Depois de realizar, no final do mês de novembro, no auditório do Museu Geológico da Bahia um seminário sobre perspectivas da mineração da Bahia, a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração e a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) compartilharam, dias depois, da alegria de ver iniciar a produção de níquel da mina de Santa Rita, em Itagibá, no Sudoeste baiano, da mineradora australiana Mirabela. Com reservas estimadas em 130 milhões de toneladas de níquel -- o maior depósito já descoberto nos últimos 12 anos em todo o mundo - a mina de Santa Rita representa investimentos de US$ 450 milhões, gerando 400 empregos diretos e cerca de 1.500 indiretos.
"Com a mina de Itagibá, a Bahia será, já em 2010, o segundo maior produtor brasileiro de níquel. Já somos o 5º maior produtor de bens minerais do Brasil, com mais de 350 empresas e, desde 2007, o Estado lidera as solicitações para pesquisas em mineração no país. Acredito que as perspectivas para o setor são excelentes, com destaque para o vanádio, em Maracás; o fosfato, em Campo Alegre de Lourdes; e a bentonita, em Vitória da Conquista", aponta o presidente da CBPM, Alexandre Brust.
ALSTOM
Coroando o esforço do governador Jaques Wagner, que foi duas vezes à França, a Alstom - uma das gigantes mundiais das áreas de energia e transporte - assinou protocolo de intenção para instalação, na Bahia, de uma unidade industrial para fabricação de geradores para energia eólica. A fábrica será dedicada à montagem de aerogeradores para produzir energia através dos ventos. O investimento estimado é de R$ 50 milhões e o faturamento anual previsto pode chegar a R$ 1 bilhão, com a geração, na primeira fase de implantação, de 150 empregos diretos.
"O anúncio de instalação da Alstom coincide com o resultado do primeiro leilão de energia eólica, quando a Bahia emplacou 18 dos 71 projetos, garantindo uma oferta de 390 megawatts/ano. É um grande alento para a indústria e, também, para a nossa matriz energética", ressalta o secretário James Correia.
Entre os municípios baianos com potencial para produzir energia a partir da força dos ventos, destacam-se Tucano, Juazeiro, Campo Formoso, Jacobina, Igaporã, Caetité, Brotas de Macaúbas, Sobradinho, Morro do Chapéu, Ourolândia, Cafarnaum, Vitória da Conquista, Mucugê, Ibicoara, Conde, Casa Nova, Pindaí, Guanambi e Riacho de Santana.
CESTA DO POVO
Na área do Comércio, o secretário James Correia destaca o trabalho da Empresa Baiana de Alimentos (EBAL) na recuperação da rede de lojas da Cesta do Povo. "É a maior rede de abastecimento alimentar da Bahia, contando com 290 lojas, presente em 234 municípios baianos, comercializando mais de 2.200 ítens e com um faturamento annual de perto de R$ 500 milhões. É a sexta maior rede de supermercados do Nordeste, superando totalmente a situação falimentar em que se encontrava no início do governo Jaques Wagner", diz Correia.
Além da comercialização de produtos de alimentação, higiene e limpeza, um dos pontos altos da nova Cesta do Povo é a implantação do programa Nova Geladeira, uma parceria entre o Governo do Estado e a Coelba, que já alcançou a marca de mais de 11 mil geladeiras, vendidas ao preço de R$ 120 a pessoas de baixo poder aquisitivo.
Além de Salvador, o Nova Geladeira já passou por Camaçari, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista, Santo Antônio de Jesus, Alagoinhas, Juazeiro, Barreiras, Ilhéus, Itabuna, Bom Jesus da Lapa e Feira de Santana. "Mais do que a importância econômica, o resgate da Cesta do Povo marca o espetáculo de recuperação da dignidade do povo baiano", diz o presidente da Ebal, Reub Celestino.
Sexta economia brasileira, a Bahia está investindo pesado em grandes projetos estruturantes, como o Porto Sul, um grande complexo logístico-produtivo no eixo Ilhéus-Itabuna, com porto off shore, novo aeroporto internacional, Zona de Processamento de Exportações e pólo industrial, interligado pela Ferrovia Oeste-Leste, que integrará o Sul-Sudoeste da Bahia ao Centro-Oeste brasileiro, fazendo o transporte de grãos e de minérios.
Com o advento do pré-sal, as perspectivas também são excelentes para a área naval. Com a provável demanda por embarcações e equipamentos petrolíferos - navios, sondas e plataformas - o Governo da Bahia está preparando as condições necessárias para implantação de um grande estaleiro para a fabricação de embarcações off shore na região de São Roque do Paraguaçu, no Recôncavo.
Para cuidar especificamente desses investimentos estruturantes e cruciais para o desenvolvimento do Estado, o Governo da Bahia criou, em setembro de 2009, a Secretaria Extraordinária da Indústria Naval e Portuária (SEINP), vinculada administrativamente à Secretaria da Indústria Comércio e Mineração, que já mapeou cerca de uma dezena de áreas na Baía de Aratu aptas a produzir módulos para plataformas de petróleo pela iniciativa privada.
Paralelamente a isto, duas grandes plataformas de perfuração (P-59 e P-60) estão sendo construídas no atual canteiro da Petrobras, em São Roque do Paraguaçu. "São projetos que somam investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão, representando a geração de mais de 10 mil postos de trabalho", explica o secretário Roberto Benjamin, acrescentando que já foi iniciada a requalificação dos portos de Salvador e Aratu e seus acessos - como a Via Expressa Baía de Todos os Santos, a concessão do sistema da BA-093 e a duplicação da BR-324.
Também de acordo com Benjamin, o Governo Federal já anunciou a liberação de R$ 14 milhões para melhoria do Porto de Ilhéus e dragagem dos portos de Aratu e Salvador. Este último teve anunciada a expansão do seu terminal de contêineres, além do projeto da Ponta Norte, obra entre R$ 100 e 150 milhões, que vai permitir a atracação de navios maiores. E, por conta da Copa 2014, o Ministério dos Transportes já sinalizou investimentos de R$ 30 milhões para a construção de um moderno terminal turístico no Porto de Salvador.
A Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração assinou, em 2009, mais de 150 protocolos de intenções com indústrias interessadas em se instalar em dezenas de municípios baianos. Caso sejam efetivados, são investimentos que totalizam cerca de R$ 10 bilhões e com possibilidades de gerar 32 mil novos empregos. No balanço do ano, 11 empresas entraram em operação e três concluíram as reformas para ampliação, gerando 860 empregos diretos. Existem 122 novas empresas em fase de implantação e três em ampliação, com investimentos previstos da ordem de R$ 7,7 bilhões e expectativa de geração de mais de 12 mil novos empregos.
A Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) licitou, em 2009, os serviços de repavimentação asfáltica, sinalização, roçagem e pintura nos distritos industriais de Ilhéus, Jequié, Juazeiro, Vitória da Conquista, Itapetinga, Teixeira de Freitas, Barreiras, Itororó, Eunápolis, Santo Antônio de Jesus e Luis Eduardo Magalhães. A previsão é que as obras sejam iniciadas no primeiro quadrimestre de 2010.
O PromoBahia - Centro Internacional de Negócios - responsável pelas informações oficiais sobre o comércio exterior baiano, registrou de janeiro a outubro de 2009 um volume de exportações de US$ 5,8 bilhões e US$ 3,8 bilhões de importações, com saldo positivo de US$ 2 bilhões para o Estado.
Em 2009, o centro realizou duas edições do Programa Happy Business e, também, foram realizadas nove edições das Oficinas de Comércio Exterior, em cidades como Salvador, Santo Antônio de Jesus, Conquista. Jequié, Itapetinga, Itabuna e Lauro de Freitas. Aconteceram ainda três grandes rodadas de negócios entre empresários baianos e estrangeiros e sete seminários, abordando temas como exportação de serviços, internacionalização de música, financiamento, fruticultura irrigada e negócios com a Rússia e com Angola.