Economia

SECRETARIA DA JUSTIÇA ENTREGA CERTIFICADOS A JOVENS DE MONTE SANTO

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| 24/12/2009 às 11:28
Os 14 jovens que estudam em Escolas Famílias-Agrícolas da Região de Monte Santo e atuam como agentes multiplicadores nas comunidades locais concluíram, nesta quarta-feira (23), o curso de Formação Básica em Direitos Humanos e Agricultura Familiar, que faz parte do Projeto de Formação de Jovens da Associação Regional da Escola Família Agrícola do Sertão (AREFASE).  

O curso contou com o apoio da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), através do Centro de Educação em Direitos Humanos e Assuntos Penais J.J. Calmon de Passos (CEDHAP).

Foram, ao todo, sete módulos em que foram abordados temas como Cidadania e Direitos Humanos: documentação básica para o cidadão, Legislação Previdenciária, Legislação Trabalhista e Direitos Humanos e Cidadania: participação em movimentos sociais.
 
  Diferentes atores sociais, representantes de instituições governamentais e não governamentais, voluntariamente, ministraram aulas para os estudantes. Além de discussão sobre as temáticas, algumas instituições convidadas apresentaram ações e projetos desenvolvidos ou previstos, além das possibilidades de parcerias e trocas de experiências com organizações comunitárias na Região de Monte Santo.  

Os jovens concluintes estão envolvidos com questões relativas às áreas de fundo de pasto, etnias indígenas, quilombolas e pescadores e são dos municípios de Cansanção, Canudos, Euclides da Cunha, Monte Santo, Itiúba e Uauá. A exceção do grupo é Maria Cardoso, que trabalha diretamente com movimentos sociais na região há mais de 30 anos. Para ela, a capacitação serviu para ajudar na resolução de questões da comunidade.

"Como o curso foi muito rico, com vários temas relacionados à nossa vivência, nos ajudou a tratar de alguns assuntos com maior facilidade, como o acompanhamento nas questões envolvendo terra, movimentos de mulheres e até no trabalho com crianças e jovens", afirmou.  

De acordo com a coordenadora do CEDHAP, Joselita Filha, durante os meses em que os jovens frequentaram as aulas foi possível verificar o retorno rápido dos trabalhos desenvolvidos no CEDHAP. "O que eles aprendiam e o que eles vivenciavam em suas comunidades eram constantemente debatidos durante as aulas. Foi uma troca entre nós e eles", disse a coordenadora. Segundo Joselita, posteriormente será feita uma avaliação de impacto com os participantes para saber de que maneira o curso modificou a forma de ação deles.