Economia

ONDA DE CALOR PROVOCA NOVOS APAGÕES EM BAIRROS DO RIO

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| 27/11/2009 às 15:20
A onda de calor que tomou o Rio de Janeiro  não pegou de surpresa só a população. A própria Light, principal concessionária de energia elétrica do estado, admitiu em seu relatório que o calor fez com que a empresa operasse acima da sua capacidade. A informação é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner.


Ele assistiu, no prédio da Bolsa de Valores do Rio, no Centro, ao leilão de 11 linhas de transmissão e oito subestações, do qual participaram 13 empresas nacionais e uma espanhola.


"Nos últimos 10 anos, o mercado estava muito estabilizado. E essa onda de calor acabou pegando de surpresa a própria empresa, que trabalhou agora com limites de carregamento do circuito muito acima do que ela trabalhou nos últimos anos. A empresa não pode trabalhar com limites tão apertados. Ela tem que ter um sistema configurado para essas situações. Isso é que a gente está exigindo da Light, que ela tenha ações mais imediatas e, principalmente, ações de mais de longo prazo na reestruturação de todo esse sistema de atendimento do Rio, para que a população não possa ter esses transtornos que está tendo antes do verão".


Segundo Hubner, a concessionária admitiu que houve problema no sistema subterrâneo, que alimenta as regiões que foram afetadas.


Esta semana, a concessionária foi obrigada a fornecer relatórios diários sobre a situação no estado do Rio. Ele entende que são necessárias ações de emergência para solucionar o problema.


"A Aneel está muito preocupada com a situação aqui do Rio e por isso ela determinou que a Light diariamente enviasse para a agência um relatório sobre as ocorrências todas do dia anterior, qual foi a parte da região que foi afetada, população atingida, carga que foi interrompida e estamos discutindo com a empresa ações, primeiro, de curto prazo para que cessem esses problemas de imediato, ações mais emergenciais. E também vamos estar trabalhando num relatório de fiscalização propondo realmente ações e a empresa vai ter que propor isso, para gente exigir ações mais estruturais, mais de longo prazo, de modo que realmente a população não possa ser surpreendida por uma onda calor e ainda ser mais prejudicada com a falta de energia", disse o diretor-geral.