"Queremos fazer dessa cadeia a sustentabilidade desse povo, melhorando a qualidade da carcaça animal, da carne e do leite ofertados, garantindo a viabilidade do projeto, que repercute no desenvolvimento do semiárido", declarou o secretário da Agricultura.
O superintendente de Agricultura Familiar da Seagri, Ailton Florêncio, destaca que o projeto estimula também a organização social nos municípios. "Para participar do programa os agricultores se organizam em associação ou cooperativa", disse ele, acrescentando que o sentimento de solidariedade também é desenvolvido.
"No prazo de 18 meses cada família contemplada deverá entregar o mesmo número de animais a uma segunda família, garantindo o prosseguimento do projeto e a ampliação do número de agricultores familiares beneficiados", explicou.
CONTROLE DE QUALIDADE
Para garantir que os agricultores familiares incluídos no Programa Sertão Produtivo só recebam animais de qualidade e sanidade comprovadas, a Secretaria da Agricultura criou comissões locais em todos os municípios, formadas pelo secretário municipal da Agricultura ou técnico indicado por ele; sindicato dos trabalhadores rurais, representante da associação ou cooperativa dos beneficiados pelo programa; representante da Adab e representante da EBDA.
Estas comissões têm a missão de inspecionar os animais para verificar a qualidade e realizar a vistoria sanitária, e tem poder para rejeitar até todos os animais, obrigando o fornecedor a entregar novo lote, de acordo com as especificações.
"Criamos este sistema de monitoramento, com a participação da sociedade, da comunidade local, para proteger os agricultores familiares", disse o secretário Roberto Muniz. Ele lembra que "as comissões estão atuantes, dando a garantia de que os animais entregues aos agricultores são de qualidade e estão em perfeito estado". Um detalhe importante: os fornecedores dos animais só recebem o valor contratado depois da entrega perfeita dos animais, com a anuência da comissão municipal.
Os animais são submetidos às ações sanitárias da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, Adab, que tem a função de assegurar a sanidade dos animais através de inspeção clínica e exigência aos fornecedores da documentação sanitária específica. Para os caprinos é exigida a Guia de Transporte de Animais (GTA) e o atestado Negativo de Exame Laboratorial para animais a partir dos seis meses de idade. Já para os ovinos é exigida a GTA.