Os servidores do Legislativo, integrantes da Cooperativa Habitacional dos Funcionários Públicos da Câmara (Cohafcamus) sentem-se discriminados e não é à-toa. Há 32 anos têm um terreno e não conseguem se apropriar da área.

Trata-se do terreno de 55.420m2, localizado na Avenida Orlando Gomes, no bairro de Piatã, que foi doado à cooperativa em 1977 pelo então prefeito Fernando Wilson Magalhães.

A área, localizada entre os condomínios Alphaville e o Greenville, está supervalorizada. Avaliado em mais de R$14 milhões, o terreno é disputado na Justiça entre os servidores da Câmara e empresários do setor de ônibus coletivos de Salvador. De acordo com o presidente da Cohafcamus, Gilmar Del Rei, os funcionários estão impossibilitados de utilizar a área para construção de casas devido à "especulação imobiliária e às várias ações que se arrastam na Justiça".

Presidente da Associação dos Servidores da Câmara (Ascam), Guilherme Santiago disse que a causa dos cooperativados é justa. "Os servidores querem apenas o que é seu, nada mais. A idéia original é a construção de suas casas, para que saiam do aluguel. A Ascam apóia esta luta", enfatizou Guilherme Santiago.

O presidente da Cohafcamus, Gilmar Del Rei, afirma que tanto a Câmara de Vereadores quanto a Procuradoria do Município reconhecem a legitimidade da reivindicação.