Vide
As secretarias da Saúde (Sesab) e Agricultura, Irrigação e Reforma
Agrária (Seagri) foram as primeiras a apresentar um balanço do desempenho
dos seus programas e ações após 30 meses da gestão do governo Jaques
Wagner. Os encontros do secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, com os
secretários Jorge Solla (Sesab) e Roberto Muniz (Seagri) integram uma série
de reuniões que acontecerão no mês de setembro.
Entre os destaques na área da Saúde, o secretário Jorge Solla
ressalta a consolidação de uma política de descentralização da
infraestrutura, tanto em Salvador, levando o atendimento a bairros
periféricos, quanto no âmbito estadual, pulverizando o atendimento,
anteriormente concentrado na capital.
Para o secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, apesar de ainda
existir um déficit de atendimento na rede pública de saúde do estado, a
situação já é muito diferente da encontrada no início da gestão."Na
situação em que se encontrava o estado no início da gestão, computava-se os
piores indicadores de saúde da região Nordeste, uma dívida de mais de R$
217 milhões, além da insuficiência de leitos em hospitais de referência,
número de profissionais, carência de leitos de UTI, baixa cobertura de
atenção básica, dentre uma série de outros problemas absorvidos pela atual
gestão", explica.
Entre os meses de janeiro de 2007 a junho de 2009, houve uma
ampliação no orçamento da Saúde na ordem de R$ 916 milhões, quitando
aproximadamente 80% da dívida já no final de 2007. De acordo com dados da
Sesab, contratou-se via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda),
3.575 médicos e 2.426 profissionais de áreas afins, além da convocação de
2.451 aprovados no concurso de 2005, sendo que até dezembro de 2006, apenas
1.939 tinham sido convocados.
Agricultura
Na avaliação de desempenho das ações da Secretaria de Agricultura,
Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), o titular da pasta, Roberto Muniz,
ressalta que a produção de grãos da Bahia saltou de 4,1 milhões de
toneladas em 2006 para 6,07 milhões de toneladas em 2008.
"Este aumento somado a outras iniciativas, a exemplo da elevação da
capacidade de produção de alevinos de 15 milhões em 2006, para 60 milhões
este ano, e a inserção de 40 mil agricultores familiares na cadeia
produtiva do biodiesel, contribuiu para aumentar a representatividade da
agricultura no PIB baiano", afirma Muniz.
No ano anterior a posse do governador Jaques Wagner, o setor do
agronegócio na Bahia alcançou R$ 24,4 bilhões, tendo saltado para R$ 28,6
bilhões em 2008.
Segundo o secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, o Governo do
Estado tem promovido o desenvolvimento sustentável e a competitividade do
agronegócio, bem como da agricultura familiar. "Estamos criando condições
necessárias para acessar novos mercados e garantindo aos agricultores
familiares o acesso a novas tecnologias ajustadas as suas necessidades,
crédito e assistência técnica", ressalta.
No que se refere ao número de famílias beneficiadas com o
Garantia-Safra, que é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf) e visa possibilitar um ambiente de
tranqüilidade e segurança para o exercício da atividade agrícola no
semiarido brasileiro, o Governo do Estado, apenas na safra verão 2008/09 e
inverno 2009, cadastrou mais de 22 mil agricultores, em 92 municípios. Isso
corresponde a um investimento de R$ 747,22 mil, enquanto em 2006 foram
apenas 6 mil famílias cadastradas.