Economia

VEJA COMO É POSSÍVEL VENDER MÚSICA E AUDIOVISUAL NO MERCADO EXTERNO

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| 06/08/2009 às 12:27
Seminário sobre exportação de música e audiovisual na FIEB, terça-feira, 11
Foto: SantosdaCasa blogspot
 Oportunidades de inserção competitiva de bens culturais no mercado internacional serão debatidas por artistas, produtores, pesquisadores e empresários no "Seminário sobre Exportação de Serviços: Estratégias de Internacionalização de Música e Audiovisual", no dia 11 de agosto, no auditório da Federação das Indústrias da Bahia (Stiep).

  Os interessados em participar podem obter mais informações e fazer suas inscrições no PromoBahia - Centro Internacional de Negócios, através do telefone 2101 9400 e do site http://www.promobahia.com.br/


  "Os serviços de bens culturais e intangíveis, como a música e o audiovisual (cinema, TV, vídeo, games, animação digital e conteúdo para internet e celular) apresentam grande potencial de inserção no mercado internacional de serviços, graças à criatividade e à natural musicalidade atribuídas internacionalmente aos brasileiros", afirma Ricardo Saback, presidente do PromoBahia, ressaltando que "considerando a admiração internacional que a diversidade e riqueza cultural da Bahia despertam, existe um mercado a ser explorado que pode impulsionar este importante setor da economia baiana".


Na pauta do Seminário serão discutidos os entraves e as soluções para internacionalização, expansão e desenvolvimento da cadeia produtiva da música e do audiovisual, incluindo os aspectos culturais, tecnológicos, autorais e de entretenimento. Também serão apresentados cases de sucesso, a exemplo da experiência internacional do filme "Estômago", da Zencrane Filmes, além dos investimentos criativos e musicais de Carlinhos Brown ao redor do mundo.


Já está confirmada a participação de especialistas e representantes de instituições ligadas ao mercado internacional, como David Peter McLoughlin (da empresa Brasil Música e Artes - BMA), que vai falar sobre "A exportação da música do Brasil"; Bruno Amado (Apex Brasil), que vai abordar "A internacionalização de bens culturais: projetos e alternativas para a exportação de audiovisual e música" e Eliana Russi (da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão - ABPITV), que vai debater sobre "A exportação de produtos audiovisuais".


PROMOBAHIA

Vale destacar que o "Seminário sobre Exportação de Serviços: Estratégias de Internacionalização de Música e Audiovisual" é uma realização do PromoBahia - Centro Internacional de Negócios, Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, juntamente com a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através da Fundação Cultural (Funceb). Patrocinado pelo Banco do Brasil e dos Correios, conta também com o apoio do Sebrae-Bahia, da Federação das Indústrias do Estado da Bahia,  Pólo de Desenvolvimento da Música Independente - Pomba, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex, Associação Bahiana de Vídeo e Cinema - ABVC, Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão - ABPITV, Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - Ecad, Brasil Música e Artes - BM&A, Produtora Zencrane Filmes e Janela do Mundo.   

DEPOIMENTOS

Ricardo Saback - presidente do PromoBahia - Centro Internacional de Negócios:


"Os serviços de bens culturais e intangíveis, como a música e o

audiovisual, apresentam grande potencial de inserção no mercado

internacional de serviços. Temos que nos profissionalizar mais para

aproveitar a admiração internacional que a diversidade e riqueza

cultural da Bahia despertam para promover no exterior as

potencialidades desse importante setor da economia baiana.
                                     **

Claudia da Natividade, produtora da Zencrane Filmes, que produziu o
filme Estômago - o filme brasileiro mais premiado do ano

passado (venceu 15 prêmios no exterior e 20 no Brasil):


"Para conquistar o mercado internacional temos que fazer bons filmes

de temática universal, mas com elementos regionais, que possam ter boa

performance nos festivais internacionais; investir em projetos de

co-produção internacional que possam somar recursos de produção de

países diferentes e também investir em talentos, em potenciais jovens

diretores, roteiristas e atores nacionais que possam trabalhar no

exterior".
                                     **

David McLoughlin, diretor da Brasil, Música & Artes (BM&A) -

tradicional promotora e exportadora de música brasileira. 


"As oportunidades no mercado internacional para a música independente

do Brasil existem, mas dependem cada vez mais do artista e do produtor

que passam a assumir o papel que era da gravadora até poucos anos

atrás".


 "Os Estados Unidos são o principal e o mais dinâmico mercado para a

produção musical independente, com uma participação muito grande se

comparado ao mercado tradicional. Metade da renda da distribuição

digital brasileira vem dos Estados Unidos. Outros mercados como o

Japão é muito dinâmico para as novas mídias e extremamente aberto a

cultura brasileira".

                                      **

Bruno Amado, gerente de Projetos da Agência Brasileira de Promoção de

Exportações e Investimentos (ApexBrasil):


"No campo da música e audiovisual, o Brasil tem muitos mercados

importantes para conquistar e estar antenado com as novas mídias,

modelos de distribuição e produção de conteúdo é fundamental para que

se possa gerar negócios para os empresários e artistas brasileiros que

atuam no segmento".

                                    **

Eliana Russi, gerente de projeto da Associação Brasileira das

Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV). A Associação já

exportou cerca de US$ 50 milhões desde 2004:


"Há boas oportunidades de co-produção, pré vendas, licenciamento e

venda a canais para séries de animação para a TV para o público

infantil e documentários, no Canadá, Alemanha, França e Inglaterra".

                                       **

Sofia Federico, diretora de Audiovisual da Fundação Cultural do Estado da Bahia:


"É de fundamental importância discutir a internacionalização do

audiovisual, principalmente dentro do atual panorama de convergência

tecnológica para o digital. As fronteiras vêm caindo cada vez mais e

de maneira frenética.

Hoje, já temos acesso a conteúdos audiovisuais

produzidos em todo canto do mundo, e conteúdos diversos: filmes,

seriados, programas, jogos eletrônicos, clipes, novelas, formatos

híbridos. Levar esse tema ao debate é refletir sobre essa realidade

que enfrentamos, para construirmos novas relações e procedimentos e,

sobretudo, novos modelos de negócio. Há um novo paradigma - que já não

é tão novo - que precisa ser compreendido como fenômeno social,

cultural e também econômico".
                                          **

Gilberto Monte, diretor de Música da Fundação Cultural do Estado da Bahia:


"É de fundamental importância o investimento na construção da imagem

da Bahia como um Estado diverso musicalmente. O perfil da Monocultura

Musical é o que hoje existe no imaginário do país e no exterior.

Possibilitarmos a visibilidade da produção contemporânea é estratégico

para abertura de mercados e construção de um público consumidor amplo.


Investidas internacionais resultam em visibilidade no mercado exterior

e nacional, amplia o horizonte de negócios e permite a circulação de

conteúdo e músicos. Além do fator econômico a experiência de estar em

contato com o universo do outro permite uma maior compreensão de seu

universo. Expandir as fronteiras musicais do Estado significa avanços

no campo econômico, cultural e social".