Fonte: IBGE
Tá melhorando: ajustada sazonalmente, a indústria baiana 7.2% em relação ao mês anterior
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A retração da atividade industrial em nível nacional, no fechamento do primeiro semestre de 2009 (-13,4%), alcançou os quatorze locais pesquisados pelo IBGE, com cinco registrando recuos acima da média nacional, frente aos primeiros seis meses de 2008.
A maior queda foi no Espírito Santo (-29,3%), seguida pelo recuo em Minas Gerais (-21,3%), Amazonas (-16,8%), São Paulo (-14,4%) e Rio Grande do Sul (-13,5%). Os números refletem o menor dinamismo das exportações e dos setores produtores de bens de consumo duráveis (automóveis, telefones celulares, eletrodomésticos) e de bens de capital, confrontados com uma base elevada de comparação de junho de 2008, quando a indústria nacional registrou 6,3% de crescimento.
Os demais resultados negativos foram registrados em Santa Catarina (-12,9%), Bahia (-10,2%), região Nordeste (-9,7%), Pernambuco (-8,9%), Rio de Janeiro (-8,5%), Pará (-7,6), Ceará (-6,8%), Paraná (-5,9%) e Goiás (-4,6%). TAXAS NEGATIVAS
Na análise trimestral, todos os locais assinalaram taxas negativas no confronto do segundo trimestre de 2009 com igual período de 2008. Em nível nacional, observou-se redução no ritmo de queda na passagem do primeiro trimestre de 2009 (-14,6%) para o segundo (-12,3%).
Dez dos quatorze áreas investigadas mostraram o mesmo movimento entre esses dois períodos, com Rio Grande do Sul, de -16,8% para -10,5%, Rio de Janeiro (de -11,4% para -5,6%), Minas Gerais (de -24,2 para -18,7%) e Amazonas (de -19,4% para -14,2%) assinalando os ganhos mais acentuados, enquanto Paraná (de -0,9% para -10,5%%) foi o local que mostrou a perda mais acentuada.
Frente a junho de 2008, doze dos quatorze locais pesquisados apontaram recuo, sendo que as taxas negativas oscilaram entre os -25,2%, no Espírito Santo, e -3,2%, na região Nordeste. Com redução acima da média nacional (-10,9%%), além do Espírito Santo, destacaram-se Paraná (-16,5%), Minas Gerais (-15,1%), São Paulo (-13,4%) e Amazonas (-11,8%). Os demais resultados negativos foram registrados no Rio Grande do Sul (-9,6%), Ceará (-9,2%), Rio de Janeiro (-7,4%), Santa Catarina (-6,7%), Pernambuco (-5,3%) e Pará (-4,3%).
Os locais que registraram acréscimo na produção neste tipo de comparação foram Bahia (2,4%) e Goiás (1,1%), ambos refletindo o desempenho do setor de produtos químicos - o primeiro estado por conta de uma paralisação para manutenção em junho de 2008, e o segundo impulsionado por encomendas especiais no mês de junho deste ano.
INFLUÊNCIAS SAZONAIS
Na passagem de maio para junho, oito dos quatorze locais pesquisados assinalaram taxas positivas, já descontadas as influências sazonais. Pará (10,2%), Goiás (7,4%) e Bahia (7,2%) apontaram os avanços mais acentuados. Minas Gerais (3,3%), região Nordeste (2,9%), Santa Catarina (1,4%), Rio Grande do Sul (1,1%) e Rio de Janeiro (0,5%) foram os outros locais que avançaram acima da média nacional (0,2%). Entre as seis áreas que registraram queda na produção, as maiores perdas ficaram com Paraná (-9,0%) e São Paulo (-2,0%).
Com a aceleração no ritmo produtivo do setor industrial nos primeiro seis meses de 2009, o índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, ainda na série com ajuste sazonal, mostrou avanço para o total nacional, passando de -7,7%, no primeiro trimestre do ano, para 3,4%, no segundo. Em termos regionais, 13 dos 14 locais pesquisados acompanharam esse movimento, com destaque para os avanços do Espírito Santo (de -12,8% para 6,5%) e de Minas Gerais (de - 10,7% para 7,8%). O Paraná foi o único local que apontou perda de ritmo (de 0,9% para - 6,7%).
NORDESTE - Em junho, a atividade industrial do Nordeste aumentou 2,9% em relação a maio, na série livre dos efeitos sazonais, segunda taxa positiva consecutiva, acumulando neste período ganho de 5,3%. O índice de média móvel trimestral ficou estável (0,1%) após dois meses de queda, quando recuou 1,4%.
Em relação a junho de 2008, o setor fabril recuou 3,2%, completando sequência de nove meses de taxas negativas. Nesta comparação, onde dez dos onze segmentos pesquisados reduziram a produção, os principais destaques negativos vieram de alimentos e bebidas (-8,1%), têxtil (-13,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-43,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (-9,1%). Por outro lado, produtos químicos (25,9%) foi a única pressão positiva na formação da taxa global.
Nos indicadores trimestrais, na série com ajuste sazonal, a produção nordestina caiu 10,0% frente a igual período do ano anterior, enquanto em relação ao primeiro trimestre de 2009 a redução foi de 1,3% - terceira taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 8,6%. A produção industrial mostra recuo pelo terceiro trimestre consecutivo, ao passar de -5,2% no último trimestre de 2008 para -9,4% no primeiro trimestre de 2009 e para -10,0% no segundo, todas as comparações contra igual período do ano anterior.
A perda de dinamismo na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano foi acompanhada por seis ramos, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool, que passou de -6,4% para -41,8%; alimentos e bebidas (de -0,8% para -7,9%) e têxtil (de -1,2% para -11,6%).
No fechamento do primeiro semestre do ano (-9,7%), dez setores tiveram desempenho negativo. O indicador acumulado nos últimos doze meses mantém a trajetória descendente desde setembro de 2008, atingindo -5,4%.
BAHIA
Em junho, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente cresceu 7,2% em relação ao mês anterior, após aumentar 7,8% em maio, acumulando 15,6% de crescimento no último bimestre. Com estes resultados, o indicador de média móvel trimestral avançou 1,1%, depois de decrescer 1,7% em maio.
No confronto com junho do ano passado, a indústria baiana cresceu 2,4%, interrompendo uma série de oito resultados negativos, apesar de somente duas atividades terem apresentado taxas positivas.
A principal contribuição positiva veio de produtos químicos (30,0%), influenciado por uma baixa base de comparação, por conta de uma paralisação para manutenção em importante empresa do setor, e minerais não metálicos (0,5%). Em sentido oposto, as maiores influências negativas foram verificadas em refino de petróleo e produção de álcool (-9,9%) e metalurgia básica (-11,7%).
Na análise trimestral, a indústria baiana no segundo trimestre (-10,3%) praticamente repetiu o resultado do primeiro (-10,0%) e assinalou o terceiro trimestre seguido de queda, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Na passagem do primeiro para o segundo trimestre os maiores ganhos de ritmo vieram de produtos químicos, que passou de -19,7% para 8,9%, e de metalurgia básica (de -35,8% para -12,1%). Por outro lado, as maiores reduções foram assinaladas por refino de petróleo e produção de álcool, que passou de -8,1% para -42,7%, e por alimentos e bebidas (de 13,6% para -6,4%).
No acumulado no primeiro semestre, a indústria baiana recuou 10,2%, com queda na produção em seis dos nove setores. O indicador acumulado no ano apresentou queda de 10,2%.