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Itaipu está encabeçando um projeto pioneiro no Brasil na área de
agroenergia. É o Condomínio Cooperativo de Agroenergia para
Agricultura Familiar, que vai utilizar dejetos suínos e bovinos de 41
pequenas propriedades na bacia do Rio Ajuricá, em Marechal Cândido
Rondon, para produzir energia elétrica e fertilizante.
O projeto da Coordenadoria de Energias Renováveis de Itaipu tem
parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e Itai, na produção de
tecnologia, além da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado do Paraná, a Embrapa, o Iapar, a Emater e a Copel.
Segundo Kleber Vanolli, da Coordenadoria de Energias Renováveis, esses
dejetos poderiam contaminar as águas do rio Ajuricá e chegar ao Lago
de Itaipu. A cooperativa vai atingir, principalmente, pequenos
produtores rurais, com produção de até 20 cabeças de gado ou 10
porcos. "Apenas cinco, das 41 propriedades, são de grande porte",
afirmou.
Cada propriedade vai receber um biodigestor para armazenar o metano
gerado pelo esterco de porcos e gados. O gás é então canalizado por
gasoduto para uma microcentral termoelétrica, que gera eletricidade.
Por fim, a Copel compra a energia e alimenta sua rede de transmissão.
Outro subproduto dos dejetos é o biofertilizante que será utilizado
como adubo nos cultivos da região - milho, soja, trigo e mandioca, por
exemplo. De acordo com Kléber, o Iapar está fazendo um estudo para
medir a qualidade desses fertilizantes.