Economia

O SISTEMA COOPERATIVO BAIANO E A COPA DE 2014, POR OHARA GRECE

Ohara Grece é nossa comentarista de cooperativas
| 16/07/2009 às 01:09
O Sistema Cooperativo Baiano tem que se integrar nas oportunidades da Copa 2014
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     Estudos da Organização do Trabalho (OIT) apontam que as cooperativas são mais resistentes às crises do que outros modelos de empresas.

           
     No momento atual da crise mundial que já vem se arrastando desde outubro do ano passado, vemos que as cooperativas de crédito têm se mantido sólidas, salvo uma ou outra derrapagem; as cooperativas agrícolas em muitas partes do mundo estão obtendo resultados positivos; as cooperativas de consumo incrementam seus volumes de negócios e as cooperativas de trabalho associado continuam crescendo.

           
     Cada vez mais, as pessoas estão escolhendo o sistema de  cooperativas para enfrentar as novas realidades do mercado e as transformações que estão acontecendo no mundo puxadas por modelos globais informatizados, plantas de gestões web, mudanças de paradigmas importantes e que vão ditar as normas econômicas daqui pra frente.

           
     Quem não se atualizar; quem não acompanhar essas mudanças geradas a partir dos modelos gerenciais informatizados ficará para trás. Vai desaparecer ou simplesmente serem engolidos por aqueles que assim o fizerem.

           
     Daí a importância do cooperativismo e de sua expansão em várias partes do mundo inclusive de modelos cooperativados que estão acontecendo na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.

           
    No Brasil teremos a Copa do Mundo em 2014 e Salvador está inserida nesse contexto como uma das sub-sedes, o que se espera uma transformação (em parte) na infra-estrutura urbana da cidade e na melhoria da qualidade dos serviços aos locais e aos turistas, e uma série de oportunidades que vão acontecer ao longo dessa caminhada de cinco anos.

           
     Está aí, portanto, uma oportunidade para que o Sistema Cooperativista Baiano abra os olhos e se integre a esse processo uma vez que oportunidades de negócios não faltarão.

      Além do que, o sistema pode oferecer algumas alternativas de oportunidades nos segmentos do transporte, da prestação de serviços, de saúde, esporte e lazer, de alimentação, de gerenciamento de pessoal, call-centeres e outros alargando as oportunidades de trabalho e consolidando modelos de gestões que ficarão para a cidade do Salvador e para a Bahia.

         
      O sistema de cooperativa é um modelo alternativo que em lugar de enfocar o lucro focaliza as pessoas, os objetivos recíprocos, onde os cooperados elegem um gestor de forma transparente e este os orienta, organiza as operações da cooperativa, capta recursos e deve estar sempre atento as perpesctivas e oportunidades do mercado, sempre pautado evidentemente nos princípios cooperativistas, além de que todos são donos do negócio.        


     Em vários países o sistema de cooperativa está crescendo em associados, capital e volume de negócios. As cooperativas estão contribuindo de maneira significativa para a manutenção e a geração de novos empregos e, portanto, garantindo a renda das famílias.

     Elas estão assegurando que os preços se mantenham em níveis razoáveis e que os bens de consumo no varejo, alimentos e serviços continuem seguros, confiáveis e de boa qualidade.

        
    Fica, então, a sugestão para que o Sistema Cooperativista Baiano acorde e comece a observar a Copa do Mundo de 2014 como um bom momento para se expandir e para se integrar a esse boom de negócios que certamente virá no decorrer da implementação do evento, nos próximos cinco anos, e também depois dele, reforçando suas estruturas.