Na região Norte do Estado
Seguindo as normativas da lei federal Nº 1.283 que dispõe sobre a inspeção
industrial e sanitária dos produtos de origem animal, a Agência de Defesa
Agropecuária da Bahia (Adab) em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal,
impediram ontem (09), que chegasse à mesa do consumidor baiano cerca de
1,2 mil quilos de queijo coalho. A apreensão aconteceu próximo ao
município de Senhor do Bonfim, Norte do estado.
O produto era proveniente do município de Itiúba e contrariava as
exigências do Ministério da Agricultura (Mapa), pois estava sendo
transportado de maneira inadequada, sendo exposto à temperatura ambiente,
mal armazenado, sem documentação ou certificação que garantisse a
comercialização e o consumo da população. O queijo foi incinerado no
lixão de Juazeiro pelos agentes do departamento de Inspeção de Produtos
de origem animal da Adab.
Segundo o diretor de inspeção da Adab, Paulo Emílio, as fiscalizações têm
como objetivo assegurar que os produtos de origem animal estejam dentro
dos padrões, sendo necessário atender a alguns requisitos, dentre eles, o
transporte em caminhões isotérmicos com sistema de frio e o local de venda
deve atender às condições higiênico-sanitárias determinadas pela
Vigilância Sanitária.
De acordo com o coordenador regional da Adab em Juazeiro, Carlos Kleber,
apesar das ações da agência na fiscalização nos produtos de origem animal,
algumas pessoas ainda insistem em consumir esses produtos clandestinos em
busca de menores preços, abrindo mão da qualidade da sua saúde.
"Realizamos frequentemente atividades de educação sanitária para
esclarecer dúvidas da população relacionadas à Portaria 304 e à Instrução
Normativa 51, ambas do Ministério da Agricultura (Mapa), que regulam o
consumo adequado do leite, carnes e derivados".
Educação Sanitária
De forma lúdica a Adab apresenta nas escolas e exposições agropecuárias de
todo o estado a peça teatral Carne com Qualidade, que tem como objetivo
demonstrar importância do consumo de alimentos inspecionados e os riscos
decorrentes da ingestão de produtos clandestinos.
Uma das metas do órgão é
transformar os alunos em potenciais multiplicadores dessa forma de pensar
e agir dentro da própria casa, assim como torná-los conscientes quanto a
forma de consumir apenas produtos que possuam os Selos de Inspeção
Estadual (SIE) e Inspeção federal (SIF). Somente no ano passado, cerca de
20 mil pessoas assistiram as apresentações da peça.