Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgados no final de maio, portanto há mais de um mês, já apontavam uma queda de 11% na produção industrial baiana.
Os números que se referiam à comparação da produção industrial de abril em relação ao resultado do mês de março, através da Pesquisa Industrial Regional Mensal, tiveram sua divulgação suprimida pela equipe do governo, que ainda no final do mês de junho comemorava a geração de 17.000 empregos em 2009, dando idéia de grande êxito da política econômica adotada pela equipe Wagner.
Mesmo com os números apontados pelo IBGE, dando idéia da situação preocupante que vivia a economia baiana, a secretaria da Fazenda preferiu anunciar o aumento de R$ 15,6 milhões na arrecadação do mês de maio.
Na ocasião o secretário da Fazenda chegou a divulgar declaração afirmando que "Com relação à arrecadação, ainda é cedo para solidificar uma tendência, mas significa uma reação constante de crescimento. Estamos acompanhando esse movimento com muita atenção e a economia baiana está dando um sinal muito bom", disse Carlos Martins.
Contudo, os números revelados logo do mês seguinte, com perdas nominais por volta de 100 milhões de reais, mostraram que a análise do secretário era prematura, e que o eventual aumento não representava uma "reação constante de crescimento" e nem a economia baiana estaria dando um "bom sinal".
PERCEPÇÃO
E aí é que reside o problema, talvez a falta de medidas para a conter a crise esteja devidamente ligada a atuação da equipe do governo Wagner de prever, ou até mesmo perceber, o atual estágio da economia baiana, com fechamento de fábricas, perdas do capital de investimentos privados para outras capitais e quedas de arrecadação.
Caso os indicadores econômicos continuem apontando a trajetória de queda da economia baiana alguma coisa precisará ser feita, sob pena do governador Jaques Wagner ver seu projeto político eleitoral comprometido pelas sucessivas quedas de arrecadação, diminuição da capacidade industrial e, principalmente, perda da capacidade de investimento do estado.