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Carlos Martins: "Vamos honrar todos nossos compromissos integralmente".
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O secretário estadual da Fazenda, Carlos Martins, afimou nesta terça-feira, 14, em audiência pública na Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa que, ainda esta semana, fará uma reunião com representantes do Sinduscon e ABO para tratar do pagamento de faturas a empreiteiros, contingenciadas desde o final do ano passado no valor de R$220 milhões.
Martins apresentou os números da economia estatal do 3º quadrimestre de 2008, situou que a crise econômica mundial trouxe reflexos na arrecadação do ICMS, mas, nada assustador e que possa desestabilizar as finanças públicas estaduais. O secretário comentou, ainda, que a Oposição na ALBA e alguns setores estão fazendo "tempestade em copo d'água" com despesas não processadas e garantiu que o Estado pagará a todos até o mês de julho.
- Pagamos R$300 milhões de restos a pagar não processados em 2006, salvo Nossa Sopa, Liceu e Ebal que tinham problemas; pagamos o não processado de 2007; e em 2008 não será diferente. Embora, com a crise, vamos ter mais prudência na liberação desses recursos. Vamos honrar todos os nossos compromissos de forma transparente" - comentou Martins.
O secretário desqualificou informações da imprensa de que haveria maquiagem nos restos a pagar de 2008 e disse que, duvida muito de algum auditor ter dado esse tipo de informação. Para Martins, há muita especulação sobre a matéria e falta de conhecimento, daí que são publicadas muitas coisas sem a devida veracidade.
INFORMAÇÕES E
CONTRA-INFORMAÇÕES
Para o líder da Oposição, deputado Heraldo Rocha, DEM, pelos números apresentados pelo secretário há uma nítida incoerência na medida em que ele situa as finanças do Estado como uma "ilha de excelência", mas, obras estão paralisadas, setores essenciais à vida da sociedade estão com pequenas parcelas de aplicações do Orçamento, a Saúde vive momentos críticos com dengue e outras doenças, e a educação com falta de professores.
Heraldo comentou que é a perda de receitas e oportunidades no Estado são evidentes, sobretudo para Pernambuco, e considera que as medidas fiscais tomadas pelo governo até agora mostram que não está combatendo a crise como deveria.
"Falta punch ao governo, pegada, ação", frisou.
Já o líder do Governo, deputado Waldenor Pereira, PT, considerou a apresentação de Martins de excelente nível e contrapôs as observações de Heraldo dizendo que, ao contrário, os países que integram o BRIC - Índia, Rússia, China e Brasil - são reconhecidamente os que estão se saindo melhor diante da crise.
Entende Waldenor que a ação do governo Lula, e por extensão do governo Wagner, do controle e fortalecimento do Estado na economia tem propiciado essa condição."Não estou tapando o sol com a peneira. mas, o Estado da Bahia, diante do que foi exposto aqui pelo secretário está em excelente situação".
Waldenor, por fim, comentou que o governo Wagner tem adotado medidas para controlar suas finanças, já contingenciou R$700 milhões do Orçamento, e está tendo integral apoio do governo federal.