Dados fornecidos pela Secretaria da Fazenda do Estado apontam o seguinte cenário na arrecadação do ICMS na relação ano 2008 com 2007 e agora no momento da crise.

Ano de 2008 em relação a 2007: + 14,48% (+ R$ 1,27 bilhão)

R$ 10,03 bilhões contra R$ 8,76 bilhões

Dezembro de 2008 em relação ao mesmo período de 2007: -6,14% (-R$51,58 milhões)

R$ 788,2 milhões contra R$ 839,8 milhões

4º trimeste/08 em relação ao mesmo período de 2007: + 6,49%.(+R$ 153,37 milhões)

Com tendência de queda em nov/08 e queda efetiva em dez/08.

Desempenho dos setores em dezembro de 2008:

- Indústria: -11,06% (Petróleo-Refino: 20,33%, representa em média 25% da arrecadação do Estado).

- Serviços: -6,42% (Energia e Telecomunicações: - 7,40%)

- Comércio: + 0,83% (mesmo assim o Segmento Atacadista teve o desempenho de: -6,09%, pois, este segmento caracteriza-se pela irrigação dos estoques do varejo como um todo, sinaliza com isso um freio nas compras do varejo e a utilização dos estoques formados nos últimos meses para atender o consumo)

   Explicação sobre o comportamento
  da arrecadação em dezembro:

   Na opinião do secretário Carlos Martins, da Fazenda, ao longo do exercício corrente, a arrecadação do Setor da Indústria da Bahia tem refletido o crescimento econômico do país, quando comparado com o mesmo período do exercício anterior.

   A crise econômica mundial, apesar de ter iniciado flagrantemente a partir de setembro de 2008, no último trimestre de 2008 a arrecadação ainda não sofreu abalos significativos, pois, as indústrias reduziram a produção física industrial em aproximadamente 5% e as suas vendas tiveram como suporte os estoques formados com custos de matérias primas elevados em função do valor elevado das commodities na maior parte dos meses de 2008.
 
   Como temos uma matriz industrial com agregação associativa, em especial na indústria petrolífera e consequentemente a cadeia petroquímica, 1ª, 2ª e 3ª geração, a utilização dos estoques repercute a cadeia industrial em destaque como um todo, em função do suprimento das matérias primas secundárias e complementares ficar comprometido.

   Assim, lembramos que essas commodities estão com tendência de baixa e a postura da maior parte das indústrias é rever os seus custos industriais, bem como os preços dos seus produtos no mercado, pois em 2009 inicia-se uma nova era na indústria mundial e a reboque as nossas empresas tendem a acompanhar esses comportamentos empresariais globais.

Cenário para 2009

   O secretário destaca que a perspectiva é de crescimento de aproximadamente 4% (considerando-se a receita orçamentária prevista para o ICMS de 2009), onde a expectativa é que a evolução consolidar-se-á a partir do 2º trimestre de 2009. Já que temos fevereiro um mês atípico, em função do carnaval.