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Secretário Carlos Martins diz que continuará pagando fornecedores em dia
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Em conversa com o BJá o secretário da Fazenda do Estado, Carlos Martins, vê a crise financeira mundial com preocupação. Nos últimos dois meses houve uma perda na arrecadação global do Estado e não dá para mensurar o que pode acontecer pela frente. Para Martins, "o quadro é de incerteza" no panorama mundial situando que, na Bahia, no entanto, o governo mantém as contas equilibradas e está organizado.
A crise já revelou que a intensidade de crescimento do Estado em termos de arrecadação tributária diminuirá, em 2009. O ICMS, que avançou 13% em 2008, atingindo a casa de R$10 bilhões, o secretário estima para 2009 algo em torno de R$10 bilhões e 400 milhões. Às taxas de crescimento que vinham se processando, em 2009, passaria dos R$11 bilhões.
Embora o governo trabalhe no sentido de promover a atividade econômica, tese e ação defendidas pela Secretaria de Planejamento, o grosso da arrecadação do Estado (54%) se concentra em setores já estabelecidos (petroquímica, energia, petróleo, combustíveis e telecomunicações) e que mais sofrem com a economia globalizada e são interdependentes entre sí.
Se as indústrias petroquímicas não operam (caso do Pólo de Camaçari onde algumas empresas diminuiram suas atividades e outras pararam) também não consomem energia e reflete na arrecadação do ICMS. Martins não soubre precisar se a Coelba já teria perdido algo em torno de 8%/mês entre seus grandes consumidores, mas, reconhece que houve uma perda.
Sobre a recuperação da economia o secretário da Fazenda acredita que isso só acontecerá a partir do segundo semestre de 2009. A ordem no Estado é apertar o cinto. "Nós tomamos uma medida preventiva, acauteladora, mas estamos otimistas em relação ao Brasil e a Bahia", diz Martins.
Para o secretário da Fazenda os fornecedores do Estado não devem se preocupar, nem agora, nem com o pagamento dos R$200 milhões redimensionados de 2008 para 2009, restos a pagar. "Vamos manter todos os nossos fornecedores pagando em dia", concluiu.