Economia

GOVERNADOR REÚNE SECRETARIADO E VAI ADOTAR NOVAS MEDIDAS CONTRA CRISE

Vide
| 16/02/2009 às 12:24
Governador confirma a jornalistas contingenciamento de parcela do orçamento
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  Após ler sua mensagem na abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa, onde apimentou sua fala com algumas declarações de natureza política, nesta manhã de segunda-feira, 16, (Vide editoria de Política outras matérias), o governador Wagner (PT) confirmou em conversa com jornalistas que o governo vai contingenciar parcela do orçamento de 2009, numa medida "acautelatória". Ainda hoje, à tarde, haverá uma reunião com o secretariado para tratar da matéria.
 
    Em conversa com o Bahia Já na última quinta-feira, 12, o governador já havia sinalizado que a perda de arrecadação do ICMS em dezembro e janeiro últimos, embora no ano de 2008 com balanço positivo de mais 13% na arrecadação desse tributo, representava uma preocupação. E, se perdurasse e/ou ampliasse ou desses sinais de avanço das perdas adotaria medidas que, de resto, já foram tomadas por alguns estados.

   Na conversa de hoje, Wagner assegurou que a decisão não justifica "sobressalto" e disse que não dimensionaria o tamanho do corte, porque se reunirá para tratar do assunto com secretários, antecipando, entretanto, que anunciará o valor a ser contingenciado amanhã e que evitará as áres que considera prioritárias na administração estadual.


   "O presidente Lula fez um corte da ordem de R$ 30 bi e nós teremos que também adotar a medida para fazer frente a uma redução de receita", disse o governador, antecipando que cautela e responsabilidade são os melhores procedimentos frente a um cenário de crise. "Se a receita voltar a crescer, podemos descontingenciar", declarou.

  
    APERTAR O CINTO

   O secretário da Fazenda Carlos Martins, em entrevista a Jornal Tribuna da Bahia, anunciou que em razão da queda de arrecadação o estado vai apertar o cinto. Demonstrando grande preocupação com os reflexos da crise mundial afirmou que o estado da Bahia iria realizar um contingenciamento de gastos no orçamento deste ano, como forma de se prevenir contra à crise financeira mundial.

    A declaração de Carlos Martins, de certa forma, vai de encontro à afirmação do governador Jaques Wagner de que a Bahia não precisava se preocupar com a queda de arrecadação, a menos que ela chegasse a 30% (acumulados no decorrer do processo e em 2009), isso dito ao BJá pelo governador no Hotel Pestana.
 
     A realidade é que a economia baiana esta sendo uma das mais afetadas pela crise internacional, apresentando a maior redução de produção estadual dentre os principais estados produtores nacionais.

   De fato a queda de produção industrial da Bahia já ultrapassa 46%, podendo representar uma perda de mais de 300.000 empregos diretos, caso a situação na seja revertida. 

   Para os especialistas em economia baiana, uma provável queda de 30% na arrecadação limitaria a zero a capacidade de investimentos sociais do governo, implicaria na suspensão do pagamento da dívida publica e imporia redução de salários para servidores.