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Cerca de 25 mil caprinos e ovinos distribuídos governo do estado da Bahia
às famílias de pequenos produtores do semi-árido, através do Projeto
Sertão Produtivo, receberão o suporte de ações sanitárias da Agência de
Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
É função do órgão assegurar a redução dos riscos de disseminação de enfermidades infecto-contagiosas por meio do cadastramento dos produtores beneficiados, inspeção clínica dos animais e exigência de documentação sanitária específica. Para os caprinos é exigida a Guia de Transporte de Animais (GTA) e o atestado Negativo de Exame
Laboratorial para CAE para animais a partir dos 6 meses de idade. Já para
os ovinos, a exigência é apenas da GTA.
Os animais que não estiverem acompanhados da documentação sanitária ou
apresentem quaisquer sinais clínicos indicativos de enfermidade
infecto-contagiosa a exemplo da Linfadenite Caseosa, Ectima Contagioso,
Cerato-conjuntivite, Pododermatite, Artrites por CAE ou Micoplasmose,
Mastite, entre outras, serão retirados do lote.
CADASTRAMENTO
Segundo o diretor geral da Adab, Cássio Peixoto, em 2009 a agência,
através do seu programa de sanidade dos caprinos e ovinos, já
intensificou as ações de fiscalização, educação sanitária e cadastramento
de propriedades e rebanho, com o intuito de manter as doenças desses
tipos sob controle.
Além das atividades do programa, a Adab realiza
parcerias com o Laboratório de Imunologia do Instituto de Ciências da
Saúde (ICS- Ufba) e Associação de Criadores Caprinos Ovinos da Bahia
(ACCOBA). O objetivo é uniformizar as informações epidemiológicas através
de pesquisas científicas, o que tem ocasionado diagnósticos mais precisos
e maior efetividade no combate às doenças.
"A fusão entre a defesa sanitária animal e a pesquisa científica tecnológica é extremamente relevante para manter nosso rebanho protegido das enfermidades que os acometem, como também as pessoas que atuam diretamente com esses animais"
completou o diretor.
Sintomas
Segundo o diretor de defesa animal da Adab, Rui Leal, além de danos
clínicos, as doenças da caprinovicultura, principalmente a Linfadenite,
resultam em prejuízos econômicos para o criador devido à perdas do couro,
da carne, a diminuição da capacidade produtiva das fêmeas, redução da
produção de leite,
perda de peso do animal, gasto com o tratamento dos animais, redução da
qualidade das peles e por fim a morte do animal.
De acordo com a última pesquisa realizada pelo IBGE, a Bahia possui cerca
de 6 milhões cabeças de entre ovinos e caprinos. A caprinovicultura é a
principal atividade econômica da região do semi-árido baiano, onde tem
como característica peculiar a agricultura familiar. A Bahia se destaca
com o maior efetivo de caprinos e o segundo maior de ovinos do país.