Economia

BAHIA PERDE EMPREGOS E SOFRE COM MUDANÇA ATRAÇÃO EMPREENDIMENTOS

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| 27/01/2009 às 11:43
Ex-governador Paulo Souto diz que não há novo e grande empreendimento para a Bahia
Foto: Foto: Arquivo
  O crescimento do emprego na Bahia em 2008, abaixo das médias nacional e nordestina, mostra que o Estado começa a sofrer os efeitos negativos da mudança na política de atração de empreendimentos. A afirmação é do presidente do Democratas da Bahia, Paulo Souto. Para o ex-governador, ao deixar de pilotar a sua política própria de desenvolvimento, que foi um projeto vitorioso, a Bahia passou a ficar completamente dependente  da economia nacional   

        
   "O Brasil viveu nos últimos dois anos uma grande período de crescimento, o que começa a ser afetado seriamente com a crise econômica mundial. É uma pena que a Bahia não soube aproveitar esse bom momento, apresentando crescimento do PIB abaixo da média nacional e agora do emprego, em queda maior que  o Brasil e o Nordeste.

        
     O ex-governador explicou que as 40.922 novas vagas abertas na Bahia em 2008 correspondem a uma queda de 30% em relação ao saldo verificado em dezembro de 2007, ( 58.720) contra uma queda de 10% no caso do Brasil. Ou seja, a Bahia reagiu mal a crise. Em 2008 a participação da Bahia no saldo de empregos formais no Brasil chegou apenas a 2, 92%, valor bem inferior a 4.11% em 2003, 3,46% em 2004, 5,10% em 2005 e superior apenas aos  2,04% de 2006 .

        
    ACIMA DA
    MÉDIA

    "No governo passado, a Bahia crescia acima da média nacional, graças a uma intensa luta para trazer indústrias e investimentos. Agora, estamos perdendo empreendimentos importantes para outros estados, o que se reflete fundamentalmente na geração de empregos", prosseguiu. "Antes, quando o Brasil crescia, a Bahia crescia mais. Agora quando os índices econômicos nacionais cresceram, os da Bahia cresceram menos e, o que é pior, quando os empregos caíram no Brasil, na Bahia caíram mais".

        
      Num comparativo entre resultados Souto destaca que em 2005, o melhor resultado do período, houve um saldo de 63.492 postos de trabalho criados, número superior ao de 2007, quando houve 58.720 postos de saldo. Assim, embora  a conjuntura econômica do país entre 2003 e 2006 fosse de baixo crescimento, a Bahia teve resultados bem melhores do que agora, quando o país passou por uma conjuntura de maior crescimento, o que confirma  a falta de diferenciação atual da economia estadual.

      
     Para o ex-governador as perspectivas para os próximos anos não parecem promissoras. "Não se tem notícia de nenhum grande empreendimento atraído pelo atual governo em nenhum setor. Além disso, para que se tenham bons resultados daqui a dois ou três anos as decisões tem que ser tomadas agora. E isso pode ocorrer independentemente inclusive aos necessários investimentos em infra-estrutura em nosso estado".