De acordo com o diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos da Fiesp e do Ciesp, Paulo Francini, a indústria paulista começou o ano com estoques em alta, o que deve provocar uma queda na produção. No entanto, Francini acredita que o corte de empregos não seja tão radical quanto no último mês.
"As empresas passam por momento delicado, com a redução do preço dos bens produzidos. A crise está em evidência e faz com que as pessoas acabem se contaminando por ela", afirmou o diretor.
O índice de emprego caiu nos 21 setores pesquisados pela primeira vez desde que a federação iniciou a série histórica em 2003. Segundo Francini, o setor de açúcar e álcool foi o que mais contribuiu em números absolutos para o corte de vagas, com 79.248 demissões em dezembro.
"Foi uma queda acentuada, ainda que seja uma tradição a demissão neste setor em dezembro, quando não há plantação e nem colheita", explicou. O diretor ressaltou que o setor é um dos que mais vem sofrendo com a crise global, por conta da queda do preço do álcool e do açúcar.