A Volkswagen abrirá as portas da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, neste sábado (17) e domingo (18). A montadora promete valorização do seminovo na compra de um Volkswagen novo e a venda de usados revisados e garantidos pela rede de concessionárias da marca com preços competitivos.
No caso da General Motors, o feirão abrangerá toda a rede de concessionárias Chevrolet. Na campanha serão ofertados cerca de 20 mil veículos seminovos de diversas marcas, com garantia da rede. A promoção para modelos com fabricação a partir de 2006 abrange prazos de pagamento estendido e taxa de juro especial para leasing.
Em uma ação menor, as concessionárias Ford trazem bônus especial para a linha Fiesta. A estratégia é repetir o crescimento das vendas registrado em dezembro sobre novembro de 2008, quando 5.378 unidades da versão hatch e 3.166 unidades do sedã foram emplacadas. Já a Peugeot traz prazos, taxas de juros e preços promocionais para as linhas 206, 207 e 307.
Cautela
Embora os feirões tragam vantagens aos consumidores, os especialistas no mercado automobilístico pedem cautela, principalmente em relação aos financiamentos. Segundo a sócia-diretora da MB Associados, Tereza Fernandez, é preciso calcular o preço final do produto com a taxa de juros, pois dependendo da taxa, o consumidor acaba pagando mais juros do que o desconto no preço do carro.
De acordo com o diretor da Trevisan Consultoria, Olivier Girard, o momento é bom tanto para comprar veículos novos quanto usados, entretanto, terá vantagem quem tiver como fechar o negócio à vista. "Quem for comprar um carro novo, utilizando o usado como entrada é importante calcular se o desconto sobre o valor do carro novo é maior do que o dinheiro perdido na venda do usado", observa Girard, ao citar a atual desvalorização dos veículos de "segunda mão".
Sobre o grau de endividamento e os prazos de financiamento, que nas promoções das montadoras chegam a 60 meses, a recomendação do assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida, é prudência devido à crise. "O ano de 2009 tem a perspectiva de ser um ano mais difícil para o Brasil e o mundo, o que vai refletir na vida do cidadão. Por isso, a dívida do consumidor passará por um tempo difícil", diz Almeida, que ressalta ainda a possibilidade de aumento do nível de desemprego