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Em nenhum momento durante os últimos 20 anos os auditores fiscais, participaram dos movimentos grevistas da Secretaria da Fazenda, razão pela qual estão com os salários aviltados se comparados com outros servidores do Fisco de outros Estados, posicionados então no vigésimo terceiro lugar, incluindo norte e nordeste.

Parte da diretoria do IAF Sindical ocupava cargos de confiança nomeados pelos governos anteriores, ficando impedidos de participarem de greves.

Portanto, os agentes de tributos historicamente sempre articularam a luta em prol do Grupo Fisco, formando os comandos de greve bem sucedidos. Finalmente o diretor de Relações Institucionais e Comunicação do IAF, Juvêncio Ruy Cardoso Neves, admite que de fato o agente de tributos fiscaliza independente da presença do auditor ou não, ao afirmar no Bahia Já: "Esse movimento é de outra entidade. Os auditores continuarão trabalhando e, se necessário, vão assumir a fiscalização nos postos".

A competência do agente de tributos para constituir o crédito tributário existe de fato na prática, quando ele fiscaliza, restando apenas a aprovação do Projeto de Lei encaminhado pelo Executivo à Assembléia Legislativa, reconhecendo o direito.

Ora, os filiados do IAF - Sindical, entregaram os cargos ao Executivo, num movimento orquestrado, inconformados com o projeto de reestruturação do Fisco e agora o diretor do sindicato, fala em assumir o comando dos Postos Fiscais, num flagrante contraditório posicionamento político.
 
Não acredito que queiram os cargos de volta, mesmo porque, com a entrega dos cargos a confiança ficou fragilizada entre o governo e aqueles que renunciaram. (Augusto Gonçalves Góes, ATE, Feira de Santana)