Economia

SEAGRI QUER AMPLIAR CONAB PARA COMERCIALIZAR PRODUTOS FAMILIARES

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| 11/01/2009 às 12:11
O secretário da Agricultura, Roberto Muniz, durante reunião com pessoal da Conab
Foto: Foto: Ana Paula Loiola
Com o propósito de desenvolver estratégias de comercialização no mercado
institucional, que garantam um preço justo para os produtos oriundos da
agricultura familiar, a Secretaria da Agricultura (Seagri) defende a
ampliação da atuação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no
Estado.

Em 2008, a agência reguladora de preço do governo federal operou
com R$ 23 milhões e a previsão é de que, nesse ano, ultrapasse a marca de
R$25 milhões, podendo até dobrar.

"Para ampliar o mecanismo de aquisição e doação simultânea em escolas,
creches, asilos, hospitais e assentamentos, é preciso cobrir os custos de
produção e garantir renda aos pequenos produtores', ponderou o secretario
da Agricultura, Roberto Muniz, que esteve reunido em seu gabinete, com a
superintendente da Conab, Rose Pondé.
 
Participaram ainda da discussão o
superintendente da agricultura familiar da Seagri, Ailton Florêncio, e o
diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária, Cássio Peixoto.

CADEIAS PRODUTIVAS

Uma das ações proposta pelo secretário para dar eficiência ao trabalho é a
formalização das principais cadeias produtivas, além da qualificação das
equipes técnicas da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e
das organizações conveniadas para operarem com o Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA). O programa é coordenado por seis ministérios, cabendo à
Conab a aquisição direta da agricultura familiar. Para a qualificação das
informações, estão previstas capacitações para os técnicos de todas as
regionais.

As câmaras setoriais também terão um papel importante e servirão de elo
para encurtar a distância entre as porteiras e as gôndolas. "A Seagri quer
apoiar e dialogar com as empresas familiares de comercialização", define.
"O Selo da Agricultura Familiar, também remete a uma qualificação do
produto", complementa.

Apesar dos inúmeros gargalos, os produtos da agricultura familiar baiana
são de qualidade inigualável. É o que atesta a superintendente da Conab,
Rose Pondé. "Nunca precisei recusar um caminhão de farinha", pontuou. Mais
de 825 mil pessoas se alimentam desses produtos, por meio do PAA. Com o
programa, o produtor pode comercializar R$ 3,5 mil e a expectativa para
este ano, segundo a superintendente do órgão, é de que as vendas subam
para R$ 4,5 mil.