Para explicar as negociações em torno da postura dos países em desenvolvimento diante da crise, o presidente pediu para que o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, fizesse uma exposição sobre a última reunião do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, incluindo desenvolvidas e emergentes, em Washington.
Com a delicada situação política entre Brasil e Equador, envolvidos em embates pela ameaça do presidente Rafael Correa de não pagar um empréstimo de US$ 243 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por conta de uma obra da Odebrecht no país, Amorim pode também abordar os desdobramento da uma potencial crise diplomática.
Coordenadora do comitê gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, dará um panorama das principais obras de infra-estrutura em andamento e explicará a situação da usina hidrelétrica de Jirau, que no último sábado teve sua licença de instalação suspensa e as obras paralisadas por determinação da Justiça Federal.
A reunião ministerial foi convocada no início de novembro para que o governo pudesse avaliar os impactos da crise financeira mundial para o Brasil. É a última do ano e deveria discutir também as conquistas e derrotas do governo nas eleições municipais, mas, em virtude do longo tempo que se passou desde o segundo turno do pleito, o tema foi excluído da pauta de discussões.
Ausências
Até o momento não chegaram à reunião o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), mas informaram que participarão do encontro. O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, por sua vez, cumpre agenda no exterior e deverá ser a única ausência na audiência com Lula.