O número de imóveis novos comercializados na cidade de São Paulo sofreu um recuo de 38,6% em setembro com relação ao mês anterior, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Sindicato da Habitação do Estado (Secovi-SP). Foram vendidas 2.544 unidades residenciais, ante 4.146 unidades em agosto.

Mesmo com a queda, que pode ser atribuída à crise econômica global, o mercado imobiliário da capital paulista registrou resultados positivos nos primeiros nove meses do ano, com crescimento de 17,4% em comparação a 2007, de acordo com a entidade.

A Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) já havia apresentado os primeiros indícios das preocupações com relação ao futuro da economia, ao mostrar redução do volume de lançamentos de 3.642 unidades em agosto para 2.368 em setembro - uma queda de 35%.

De acordo com o Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, responsável pela Pesquisa sobre o Mercado Imobiliário, o desaquecimento refletiu no indicador de desempenho Vendas sobre Oferta (VSO) em porcentagem, que foi de 13,8%.

O sindicato ressaltou, no entanto, que na década de 1990, o VSO médio foi de 8,4% e que, em 2005 e 2006, atingiu a média de 8,8% e 12,1%, respectivamente. Para o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, uma revisão momentânea de expectativas diante de uma crise global jamais imaginada é absolutamente normal.

"A taxa de crescimento anual de lançamentos e de vendas vem desacelerando, com a possibilidade de reversão de tendência até o final do ano", afirmou, lembrando que há um grande contingente de pessoas que demandam por habitação.

Redação Terra