O dia foi marcado por duas interrupções no mercado financeiro, depois que a Bovespa teve queda de 15% com a instabilidade em todo o mundo. Nem a realização de uma operação de "swap reverso" pelo Banco Central com o objetivo de proteger as empresas da variação do câmbio conseguiu controlar a cotação da moeda. O BC injetou US$ 1,47 bilhão no mercado.
Saúde financeira
Nos mercados de todo o mundo, temores sobre a saúde econômica da Europa deixam em segundo plano o alívio provocado pela aprovação, pelos Estados Unidos, do plano de US$ 700 bilhões em ajuda aos bancos. Problemas enfrentados por bancos alemães levaram os mercados europeus a uma baixa histórica no dia.
Na semana passada, o dólar fechou com alta superior a 10%, após muita volatilidade nos mercados, causada pelas expectativas em torno da aprovação e dos efeitos do pacote de resgate ao setor financeiro nos Estados Unidos. Na sexta-feira a divisa subiu 1,24%, cotada a R$ 2,046.
Bovespa
Após entrevista coletiva convocada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, serviu para acalmar o mercado financeiro nesta segunda-feira (6). A promessa de que mais dinheiro será injetado no mercado animou os investidores.
O índice Ibovespa - referência para o mercado nacional - registrava baixa de 6,9% às 16h47, operando aos 41.445 pontos. Na opinião de analistas de mercado, a fala dos dois ministros sinalizou que o governo trabalhará para disponibilizar mais dinheiro no mercado, principalmente para setores com dificuldades para obter crédito - como bancos médios e empresas exportadoras.
O mercado opera sob forte tensão desde o início do pregão - o 'circuit breaker' interrompeu o pregão da bolsa nacional por duas vezes. O mercado chegou a cair 15%. Foi a primeira vez desde 10 de setembro de 1998 que o mecanismo teve que ser acionado duas vezes no mesmo dia.