Mantega avalia que levará algum tempo para que a crise seja solucionada, já que os efeitos das medidas tomadas não serão instantâneos.
"Temos a piora da situação econômica europeia, com vários países declarando a cobertura total dos depósitos dos correntistas nos bancos, na Irlanda, na Áustria." Segundo ele, é o "momento mais agudo da crise que começou há mais de um ano e que se aprofunda agora, quando se revelam os créditos podres".
Mantega comentou ainda os efeitos da crise financeira, que se iniciou nos EUA, sobre o resto do mundo, inclusive no Brasil, e afirmou que o País sairá da crise porque "os fundamentos da economia são sólidos".
FASE AGUDA
O ministro afirmou que acredita que a situação em breve deve melhorar. "É impossível imaginar que o sistema financeiro ficará travado como está", disse. "A crise não vai terminar tão cedo, mas teremos que sair dessa fase aguda."
O ministro classificou o atual momento do emrcado financeiro como de "irracionalidade", que deve passar quando os governos dos países mais envolvidos na crise tomarem as providências cabíveis. "O Brasil não está imune à crise, porque ela é global, mas será menos atingido porque nosso sistema financeiro é mais sólido. Aqui não há ativos podres", afirmou.
"Estamos sofrendo problemas de liquidez em função do estrangulamento do crédito internacional, mas não temos problemas de solvência", afirmou.
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, falou depois de Mantega, e ressaltou as atitudes que a autoridade monetária já tomou para proteger o País da crise, como a flexibilização no compulsório aos bancos - medida que tem por objetivo aumentar a liquidez.
Segundo Meirelles, amanhã devem ser anunciados detalhes de uma nova medida para auxiliar o comércio exterior. "Estamos preparados para tomar medidas adiionais se for prefiso", afirmou