Economia

BRASIL CAI NA REAL E MANTEGA ADMITE MOMENTO AGUDO CRISE ECONÔMICA

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| 06/10/2008 às 16:43
 O Brasil está sofrendo os efeitos do momento mais agudo da crise financeira internacional, que "não é simples e não vai terminar tão cedo", mas vai sair desta fase porque os "fundamentos da economia e das empresas são sólidos", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira sobre a crise financeira mundial.

  O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também participa do pronunciamento, em Brasília.


  Mantega avalia que levará algum tempo para que a crise seja solucionada, já que os efeitos das medidas tomadas não serão instantâneos.


  "Temos a piora da situação econômica europeia, com vários países declarando a cobertura total dos depósitos dos correntistas nos bancos, na Irlanda, na Áustria." Segundo ele, é o "momento mais agudo da crise que começou há mais de um ano e que se aprofunda agora, quando se revelam os créditos podres".

Mantega comentou ainda os efeitos da crise financeira, que se iniciou nos EUA, sobre o resto do mundo, inclusive no Brasil, e afirmou que o País sairá da crise porque "os fundamentos da economia são sólidos".


  FASE AGUDA

O ministro afirmou que acredita que a situação em breve deve melhorar. "É impossível imaginar que o sistema financeiro ficará travado como está", disse. "A crise não vai terminar tão cedo, mas teremos que sair dessa fase aguda."


O ministro classificou o atual momento do emrcado financeiro como de "irracionalidade", que deve passar quando os governos dos países mais envolvidos na crise tomarem as providências cabíveis. "O Brasil não está imune à crise, porque ela é global, mas será menos atingido porque nosso sistema financeiro é mais sólido. Aqui não há ativos podres", afirmou.


"Estamos sofrendo problemas de liquidez em função do estrangulamento do crédito internacional, mas não temos problemas de solvência", afirmou.


O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, falou depois de Mantega, e ressaltou as atitudes que a autoridade monetária já tomou para proteger o País da crise, como a flexibilização no compulsório aos bancos - medida que tem por objetivo aumentar a liquidez.


Segundo Meirelles, amanhã devem ser anunciados detalhes de uma nova medida para auxiliar o comércio exterior. "Estamos preparados para tomar medidas adiionais se for prefiso", afirmou