Em seu comentário na Rádio Metrópole nesta quinta-feira, 28, o ex-governador Paulo Souto disse que a decisão da ANAC de só permitir o pouso de aviões pequenos no Aeroporto de Ilhéus é um "golpe de misericórdia" na região, inviabilizando projetos hoteleiros no turismo numa faixa que se estende até Itacaré, Itabuna e outras localidades.

  O ex-governador considerou a medida adotada pela ANAC como uma "novela interminável com uma sucessão de medidas muitos duras com reflexos terríveis para Ilhéus e região".  O aeroporto, segundo a ANAC, a partir do dia 2/9 só poderá operar com aviões pequenos e no visual. 

   Souto entende que uma medida dessa natureza inviabiliza completamente o aeroporto uma vez que Ilhéus tem um clima úmido com frequente cobertura de nuvens, e é praticamente impossível uma companhia manter vôos regulares para o município sem o uso de instrumentos.

   Souto afirma que estarão comprometidos 10 mil empregos na região que se sustentam no turismo, prejuízos enormes ao Pólo de Informática que implantou em seu governo e emprega diretamente 2.000 pessoas em Ilhéus, e a falta de perspectiva para novos investimentos.

  Quem poderá se interessar em investir numa região sem o apoio de um aeroporto que possa abrigar grandes aviões, questionou Souto situando essa é uma novela mal contada e que lembra a historieta do bode na sala. "Coloca-se o bode (as dificuldades) na sala e depois aparece alguém para retirar o bode e fica uma maravilha.

  Ainda segundo Souto apesar do prefeito de Ilhéus ter conseguido uma solução que resolveria o problema até a construção de um novo aeroporto, uma cancela eletrônica na estrada Ilhéus/Olivença, a ANAC resolveu penalizar a região Sul da Bahia.

  Por fim, o ex-governador disse que espara que a ANAC reveja essa posição para não prejudicar a Bahia.

* Observação: está prevista para esta sexta feira um protesto em Ilhéus contra o fechamento do aeroporto.