Cacciola foi condenado em 2005 por gestão fraudulenta e peculato. Ele deverá cumprir 13 anos de prisão por sua responsabilidade na quebra do Banco Marka e por ter se valido de recursos públicos para recuperar o capital perdido com a quebra do banco.
Segundo o advogado Alan Bousso, Cacciola fez uma viagem tranqüila de Paris para o Rio. "A chegada foi tranqüila, feita com muita dignidade pela Polícia Federal, respeitando os preceitos dos direitos humanos. A ordem judicial foi cumprida e só temos a tecer elogios à equipe da Polícia Federal", disse Bous.
NUNCA FUI FORAGIDO
Em entrevista coletiva na Superintendência da Polícia Federal no Rio, Salvatore Cacciola disse que nunca foi um foragido da Justiça brasileira. Segundo ele, quando deixou o Brasil, há oito anos, tinha em mãos uma decisão do ministro Marco Aurélio de Melo, do STF, que garantia o direito de deixar o país sem nenhum problema.
Cacciola disse que, dois dias após ter viajado para a Itália, o ministro Velloso anulou a decisão e, então ele decidiu não voltar mais para o Brasil. O ex-banqueiro disse que confia na Justiça e que é preciso lembrar que as pessoas condenadas no mesmo processo estão livres.
"Eu não estava fazendo nada diferente disso [que os outros condenados faziam, em liberdade]. Só que eu estava na Itália".
"A única coisa que posso lembrar é que na sentença das dez pessoas, todas podem fazer apelação em liberdade, menos o Cacciola, porque era um foragido. A primeira coisa é que eu nunca fui um foragido. Fui para a Itália com passaporte carimbado". Ele afirmou, no entanto, ter sido um 'erro' a ida a Mônaco, onde foi preso.