Uma cerimônia no Palácio Piratini, Rio Grande do Sul, selou o destino da primeira unidade de produção de plástico verde do país: o pólo gaúcho de Triunfo.
A Braskem, dona do projeto, também é a companhia controladora do pólo petroquímico. Segundo as expectativas do setor, além da solução para os créditos de ICMS, a negociação pode envolver a redução da alíquota para a produção de plásticos em geral no Rio Grande do Sul.
A unidade para a produção do polietileno verde exige investimento de US$ 150 milhões (R$ 250 milhões). O resultado das tratativas, entretanto, pode tornar o empreendimento ainda mais vantajoso para o Estado.
Ao comentar o andamento das conversas a Zero Hora, há 10 dias, o secretário da Fazenda, Aod Cunha, principal interlocutor da Braskem no governo, já havia demonstrado otimismo com a definição do Estado como sede do projeto.
Ontem, durante anúncio da parceria com a Brinquedos Estrela para fabricar produtos com polietileno verde, o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, antecipou que nesta semana seria definido o local da planta industrial, que estava entre o Rio Grande do Sul e Bahia.
Com previsão de lançamento no mercado ainda em julho, as primeiras unidades do Banco Imobiliário Sustentável, versão do tradicional jogo de estratégia que vai inaugurar a parceria, serão fabricadas com o material processado na planta piloto do Centro de Tecnologia e Inovação de Triunfo, no pólo gaúcho, que tem capacidade para produção de 12 toneladas por ano.
Produção deve
alcançar 210 mil
toneladas anuais
Na primeira aplicação confirmada do polietileno verde, o jogo da Estrela, as peças plásticas serão feitas com a resina da Braskem, que contribui para a redução do efeito estufa ao absorver gás carbônico da atmosfera. O tabuleiro, a caixa e as cartas são feitos com papel reciclado.
A fabricante da resina receberá3 mil exemplares do jogo para ações voltadas à educação ambiental. Outros brinquedos deverão surgir a partir de 2010, quando a produção atingir escala industrial, de 200 mil toneladas ao ano.
A escolha pelo Rio Grande do Sul e pelo pólo gaúcho representa uma conquista tecnológica para o Estado, já que a resina a ser desenvolvida pela companhia é um novo passo nos processo produtivos da Braskem.