Os reajustes nos combustíveis passarão a vigorar a partir do dia 2 de maio, de acordo com comunicado da estatal à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo Mantega, não haverá aumento de gasolina para o consumidor nos postos. Isto, porque o governo compensará o percentual do reajuste com a redução da Cide (Contribuição de Inervenção sobre o Domínio Econômico).
"Na bomba, a gasolina não vai subir, vamos reduzir a Cide de R$ 0,28 por litro, para R$ 0,18 por litro. Como este é um tributo regulatório para o setor, podemos usá-lo para impedir o reajuste ao consumidor", explicou o ministro.
No caso do diesel, o reajuste na refinaria será de 15% e, mesmo com a redução da Cide, o consumidor final deve perceber aumento de 8,8% nos postos. A redução da Cide sobre o diesel será de R$ 0,04 (passa de R$ 0,07 para R$ 0,03).
"Esse reajuste foi definido pela companhia levando em consideração um novo patamar internacional de preço do petróleo, em uma perspectiva de médio e longos prazos, e está em linha com as premissas definidas no Plano Estratégico da Petrobras de manter parametrizados os preços dos derivados ao mercado internacional", disse a Petrobras em nota.
Efeito
inflacionário
Mantega estima que o aumento terá impacto de 0,015 ponto percentual na inflação. Com relação às perdas do governo com a renúncia de parte da Cide, o ministro afirmou que elas atingirão entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões ao ano.