A polêmica cresce e Waldenor ficou de apresentar outros dados
Deputados da oposição diziam para jornalistas: quem tem que dar quórum é a maioria (F/BJá)
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O líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Waldenor Pereira (PT), contestou na tarde desta quarta-feira, 23, no plenário da AL, os dados apresentados pelo Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia (IAF) com base em levantamento feito junto ao site da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e colocados neste BahiaJá no último dia 17 (vide matéria ao lado), dando conta de que a Bahia ocupa o 25º lugar na Federação entre as transferências voluntárias de recursos federais.
Segundo Waldenor dados confiáveis são os contabilizados pela Secretaria da Fazenda do Estado e, neste caso, a Bahia ocupa o 4º lugar entres os estados da Federação, embora o deputado não tivesse detalhado o que representam transferências voluntárias e outros investimentos fora dessa rubrica.
De toda sorte, Waldenor disse que a Bahia recebeu recursos federais, em 2007, da ordem de R$552 milhões o que representou um decréscimo de 3% em relação a 2006, ainda no governo Paulo Souto, quando os recursos foram da ordem de R$575 milhões.
Para Waldenor, não há nenhum demérito nessa questão uma vez que o governo Wagner assumiu quebrando uma longa permanência no poder, "de mais de 40 anos", de um determinado modelo de gestão.
Waldenor historiou que, em 2003, a Bahia recebeu de recursos federais R$341 milhões; em 2004, R$409 milhões; em 2005, R$527 milhões; em 2006, R$575 milhões; e em 2007, R$552 milhões.
Já o líder do Democratas na AL, deputado Heraldo Rocha, disse que o deputado Waldenor está confundido "alhos com bugalhos" na medida em que, primeiro coloca em suspeita dados do próprio governo federal através da Secretaria do Tesouro Nacional, organizado por um instituto respeitável (IAF) e segundo porque põe num mesmo balaio as transferências voluntárias e outros investimentos de projetos específicos e convênios.
Na opinião do deputado Heraldo Rocha, o que falta ao governo Wagner são projetos, pois "eles não têm capacidade de fazê-los e o governo não transfere dinheiro sem projetos", arguiu.
SESSÃO CAIU
Por pedido de verificação de quórum por parte do deputado Heraldo Rocha, como a bancada da maioria (52 deputados) estava com pouquíssimos parlamentares no plenário, a sessão caiu por volta das 16h50min.
Os debates sobre a questão dos recursos federais para a Bahia, o distanciamento da Bahia para Pernambuco e outros estados do NE ficou para amanhã, pela manhã, isso se a bancada do governo comparecer.