O PIB do País cresceu 1,6% no quatro trimestre de 2007 em relação ao trimestre imediatamente anterior e 6,2% frente ao mesmo período de 2006.
No ano, a indústria cresceu 4,9%, o setor agropecuário avançou 5,3% e o setor de serviços, 4,7%. A formação bruta de capital fixo - uma medida dos investimentos - avançou 13,4%.
O crescimento da agropecuária deveu-se principalmente à lavoura, com destaque positivo para trigo (62,3%), algodão herbáceo (33,5%), milho em grão (20,9%), cana (13,2%) e soja (11,1%). Os produtos em queda foram café em grão (-16,7%), arroz em casca (-3,7%) e feijão (-4,4%).
Na indústria, a maior alta foi no setor de transfiormação (5,1%), seguido pela construção civil e por eletricidade e gás, cada um com crescimento de 5%.
Nos serviços, sofreram elevações os subsetores de intermediação financeira e seguro (13%), serviços de informação (8%) e comércio (7,6%).
O consumo das famílias, por sua vez, avançou 6,5%, o quarto ano seguido de crescimento, segundo o IBGE. As exportações tiveram expansão de 6,6%, bem abaixo do salto de 20,7% das importações no ano. Desde 2006, o crescimento das exportações é inferior ao das importações, destacou o órgão.
Em 2006, o resultado consolidado do PIB foi de 3,7% de expansão. Já o resultado de 2005 foi revisado pelo IBGE em novembro do ano passado para 3,2%, ante crescimento de 2,9%, como foi informado em março de 2007.
MINISTRO
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia adiantado na última sexta-feira que a economia brasileira cresceu pouco mais de 5% no ano passado, sustentada pela demanda interna e por investimentos. Para 2008, Mantega manteve a projeção de crescimento de 5%.
O PIB per capita cresceu 4% em termos reais, atingindo R$ 13,515 mil. Segundo o IBGE, o resultado do valor adicionado decorreu principalmente pelo bom desempenho da agropecuária.
A gerente de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, afirmou que esse crescimento da agropecuária foi em decorrência do saldo positivo da lavoura. "Contudo, outro fator importante para puxar o PIB foi o peso do consumo das famílias, que pelo quarto ano consecutivo teve alta, atingindo em 2007 a maior desde que a série começou a ser pesquisada", explicou.