O resultado foi divulgado hoje (7), pelo Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo), vinculado à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração. De acordo com o Promo, em janeiro e fevereiro, as importações tiveram expressivas elevações, e, em fevereiro especificamente, cresceu 79% frente a igual mês do ano passado.
No bimestre, só o grupo das matérias-primas e produtos intermediários cresceu 57%. Nos bens de consumo, o salto foi de 56% e as importações de combustíveis e lubrificantes ficaram 174,4% maiores.
CÂMBIO FAVORÁVEL
Segundo técnicos do Promo, essa grande demanda por importações no ano reflete, além do aquecimento da necessidade interna, o câmbio favorável - em pouco mais de um ano a moeda brasileira valorizou-se cerca de 20% frente ao dólar - e a renovação do parque industrial local. Esses dois meses também apresentam um componente de caráter sazonal, causado pelo aumento do preço do petróleo e pelas elevações das importações de automóveis e trigo da Argentina.
Dados do Promo revelam que, apesar do cenário cambial, as exportações prosseguem em alta, alimentadas por preços estáveis, principalmente de commodities agrícolas e minerais e que respondem por grande parte da pauta baiana. Só no bimestre, os preços médios dos produtos exportados pelo estado subiram 10,5%, comparados a igual período do ano anterior, puxados principalmente por petróleo e derivados, petroquímicos, celulose e soja. A quantidade física de produtos exportados, estimulado por bons preços, também cresceu 18,6%.
Em fevereiro especificamente, o destaque foram as exportações de celulose, que, com US$ 126,5 milhões, lideraram as vendas, tendo um incremento de 96,5% frente ao mesmo mês de 2007. O resultado é fruto do aumento da demanda e da melhora significativa nos preços internacionais.
PETRÓLEO E
DERIVADOS
No bimestre, os melhores desempenhos ficaram por conta das exportações de petróleo e derivados, com US$ 213,8 milhões e incremento de 151,3%; pneus, com vendas de US$ 45,2 milhões e incremento de 119,5%; papel e celulose, com US$ 223,5 milhões e +76,3%; e frutas e suas preparações, com US$ 8,4 milhões e +73,8%. Já a liderança das exportações ficou no período com o setor químico-petroquímico, com exportações de US$ 236,5 milhões e crescimento de 0,42%.
Os Estados Unidos permanecem como maior destino para as vendas externas do estado, com 23,2% de participação no bimestre, graças ao bom volume de vendas de derivados de petróleo, que teve incremento de 60,7% no período. Seguem-se Países Baixos, com 11% de participação; Argentina, com 10%; e a China, com 9%.