Economia

EX-SECRETÁRIO DE SOUTO DIZ QUE CRESCIMENTO INDUSTRIAL NA BAHIA PAROU

Veja comentários do Bahia Já e artigo completo em A Tarde deste sábado
| 23/02/2008 às 07:11
O ex-secretário Armando Avena diz que Planejamento precisa liderar movimento (Foto/Arq)
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  Em artigo publicado em A Tarde deste sábado, 23, o ex-secretário de Planejamento no governo Paulo Souto (2003/2006) Armando Avena chama a atenção para o fim de um ciclo na economia baiana, com perda de competitividade a partir de 2007, ano de início do governo Jaques Wagner.

  Mesmo considerando que Avena foi secretário de Souto e tem sempre o viés de natureza política em suas observações, os números que apresenta em seu artigo são preocupantes e revelam que, a partir de 2007, o PIB estadual cresceu 4.8% contra 5.3% da média nacional. 

   Ainda segundo o colunista, nesse mesmo ano (2007), a indústria baiana cresceu apenas 2%, três vezes menos do que a média nacional, e teve o segundo pior desempenho entre os estados brasileiros.

   Avena faz também um comparativo entre os investimentos industriais, em 2006, (época de Paulo Souto) no total de R$9.5 bilhões e a geração de 22 mil empregos, sendo R$6.5 bilhões nas áreas de papel e celulose, enquanto em 2007, os investimentos caíram quase 20 vezes atingindo o montante de R$559 milhões e a geração de apenas 3.500 empregos.

  FIM DO CICLO

  A tese defendida por Avena, já consubstanciada pelo presidente da FIEB, Jorge Freire, numa entrevista a Tribuna da Bahia, é de que o atual governo precisa se mexer e liderar a retomada dos processos de planejamento e articulações visando produzir uma nova estratégia de desenvolvimento para o Estado.

  No entendimento de Avenda isso não está acontecendo e a crítica posta em A Tarde é direta em relação a Ronald Lobato, atual secretário de Planejamento, que até agora não mostrou para que veio.

   Segundo Avena, por fim, a economia industrial da Bahia sempre se moveu por ciclos: do cacau, da petroquímica e bens intermediários, produção de grãos, produção de bens finais como automóveis e calçados. "Todos eles foram movidos ou promovidos por ações na área de Planejamento". O próximo ciclo - e a aí vai a crítica direta a Lobato - "também precisa ser Planejado".
 
COMENTÁRIO 
BAHIA JÁ

   Como o governo Wagner se move aquém das expectativas do eleitorado que o colocou no poder exigindo transformações, o secretário Ronald Lobato ou quem de direito deve vir a público explicar o que está acontecendo.

   A mensagem do governador lida na AL traz alguns indicadores na direção do desenvolvimento, mas, ainda incipientes.