Na véspera, o principal índice da bolsa paulista havia caído 6,6%, diante do aumento de temores de recessão nos EUA. Outros grandes mercados tiveram forte desvalorização na segunda-feira: Frankfurt caiu 7,16%, enquanto a Paris teve baixa de 6,83% e Londres caiu 5,5%. Na Ásia, a China perdeu 5,14% e Hong Kong, 5,49%.
Em decisão extraordinária, o banco central norte-americano cortou a taxa básica de juro em 0,75 ponto percentual, para 3,5% ao ano. A taxa de redesconto também foi cortada em 0,75 ponto percentual, para 4%. O Fed disse que tomou as decisões diante do enfraquecimento das perspectivas econômicas e do aumento dos riscos ao crescimento.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira, em Brasília, que a redução de juros nos EUA vai acarretar uma melhora nos mercados financeiros. Ontem, ele havia classificado a situação nas bolsas mundiais de "quase pânico".
Na véspera, o pânico tomou conta dos mercados que sofreram um efeito dominó iniciado na Ásia. A falta de referencial externo, com Nova York sem operar devido a feriado, também ajudou a turbinar as vendas. O Ibovespa chegou a cair 7%, antes de fechar aos 53.709 pontos, ou declínio de 6,6%. O giro financeiro elevado, em R$ 6,11 bilhões, apontou a força das vendas.
Nesta terça, em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o dia com uma queda de 5,65%. Em Xangai, a queda foi de 7,22%. Hong Kong também sofreu queda, de 8,65%. Na Europa, as bolsas registram queda de 1,29% em Paris, 1,79% em Frankfurt e 0,47% em Londres.