Quem apostou no dólar, em 2007, dançou.
A moeda norte-americana fechou em alta nesta sexta-feira, última sessão de 2007, em meio à disputa pela Ptax de fim do mês e novas preocupações com o mercado de crédito após a divulgação de dados do setor imobiliário norte-americano.
Mas, no ano, o dólar que encerrou cotada a R$ 1,777 real, acumulou forte queda de 16,8%, o dobro da desvalorização registrada em 2006, de 8,13%. Em dezembro, o dólar recuou 0,95%. A Ptax (média ponderada diária do dólar) de fim de mês é usada na liquidação dos contratos futuros da BM&F e nos ajustes dos contratos de swap cambial reverso, realizados pelo Banco Central. "(A alta) é em função da disputa entre comprados e vendidos (no mercado futuro) pela formação da Ptax", disse Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio da Action Corretora de Câmbio. "O dólar acaba se destoando um pouco dos outros mercados."
Postigo lembrou que a piora dos mercados externos, após a divulgação das vendas de imóveis abaixo do esperado, também influenciou para a alta da moeda norte-americana. "É claro que o risco-país também contribuiu".
O risco Brasil, medido pela JPMorgan , subia 10 pontos-básicos, para 215 pontos, no final da tarde.
Mario Battistel, gerente da Fair Corretora, acrescentou que o baixo volume de negócios na sessão foi fundamental para a volatilidade da moeda.
"Hoje é mais distorção de último dia, tivemos os bancos zerando suas posições, briga por Ptax", afimou Battistel.
No meio da sessão o Banco Central voltou a realizar leilão de compra no mercado à vista, definindo a taxa de corte a R$ 1,7660. Na véspera, a autoridade monetária havia deixado de atuar na compra de dólar no mercado pela primeira vez em quase três meses.
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