O Bradesco deflagrou uma intensa campanha publicitária na TV, com filmetes criativos e se utilizando da popularidade do ator baiano Wagner Moura, o 'Olavo' da novela Paraíso Tropical, e/ou o 'Capitão Nascimento' do filme Tropa de Elite, visando manter uma parcela das contas dos servidores públicos estaduais, os quais, por força de decreto governamental passarão a receber salários e outros benefícios pelo Banco do Brasil, a partir deste mês.

  O banco paulista perdeu a conta governo, mas, tenta de todas as formas segurar uma parte das contas dos 250 mil servidores do Estado, entre ativos, inativos e pensionistas. O filmete que está no ar na telinha, em horários diversos, é quase uma peça de marketing político, com atores/servidores afirmando que não há razões para mudar. Uma senhora, já de idade avançada, diz que "não é tratada como idosa" e sim "como ser humano".

   Wagner Moura, de sua parte, apresenta 120 razões para que os servidores não deixem o Bradesco e entre sua fala inicial e a assinatura do comercial (Bradesco, Completo) desfilam depoimentos de vários atores/servidores com falas, senão convincentes para muitos, cativantes para outros. Assim, um deles diz que ama o Bradesco.

   Ou seja, o Bradesco usa sua força e os mecanismos da propaganda para enfrentar o Banco do Brasil que, por hora, além das notícias veículadas pela Agência de Comunicação do Governo, se mexe pouco ou quase nada para dar boas vindas a esse contingente enorme de clientes que conquistou de uma só canetada.

   Evidente que, dentro desse contexto se inserem, as movimentações de uma empresa privada (ágil, dinâmica, objetiva, etc); e de uma estatal (mais lenta, no berço esplêndido, etc).

   EMPREGO/DESEMPREGO

   Por hora, nem o Bradesco; nem o Banco do Brasil falam em desemprego/emprego. O Bradesco vai perder milhares de contas e, em tese, poderá promover alguns desempregos; e o BB, que ganhará milhares de contas, pode gerar novos empregos.
 
  A balança estaria equilibrada, pelo menos em termos proporcionais da lei de mercado. Resta saber como vão se comportar os dois bancos a partir de dezembro de 2007.