O deputado Heraldo Rocha, líder do Democratas na AL, enviou um documento ao presidente da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia (COOPANEST), Carlos Eduardo Araújo, expressando solidariedade aos membros desta cooperativa que estão sendo alvo de prejulgamento por parte da Secretaria Estadual da Saúde, quanto à problemática da falta de médicos anestesistas na Maternidade Albert Sabin, no bairro de Cajazeiras.

  Rocha informa dos fatos presenciados por ele, e por outros parlamentares do legislativo baiano, em recente visita à maternidade onde constatou o "total colapso dos serviços ofertados por esta unidade hospitalar aos moradores deste bairro e bairros adjacentes quando para lá se dirigem buscando atendimento médico".
 
  Esse procedimento, compromete o seu bom funcionamento, como por exemplo a ausência de diretores na unidade, a extenuante demora do atendimento aos que alí chegam, a dificuldade das mulheres colocarem um simples DIU, de conseguirem um anticoncepcional ou realizarem um preventivo.

 No que se refere à falta de anestesistas numa maternidade, a exemplo da Albert Sabin, como médico por profissão, o deputado acrescenta que revela-se enormemente arriscado tal situação, especialmente numa eventual emergência médica, onde, sabidamente, a presença deste profissional se traduz de vital importância, principalmente durante o atendimento a um parto que tenha sido programado como normal, e que porventura venha a ter uma complicação no procedimento, necessitando, portanto, de uma cirurgia urgente.

  SETE MÉDICOS

 Heraldo Rocha faz menção ao questionamento à SESAB sobre essa falta de anestesistas na Maternidade Albert Sabin, a secretaria relatou, segundo informações veiculadas no site da AGECOM e nas páginas do DO do Estado, na última quinta-feira, que este problema é basicamente causado por sete médicos que respondiam por esta especialidade na unidade e agora recusam-se a assinar novos contratos com a secretaria.

  O parlamentar ressalta que esta informação da SESAB foi totalmente rechaçada pelo presidente da COOPANEST, pois o mesmo relatou, através da mídia local, ter participado de dois encontros com o secretário Jorge Solla buscando o equacionamento do impasse, garantindo, posteriormente, que não há divergências insuperáveis quanto ao que foi proposto pela secretaria e o que a cooperativa se propõe a aceitar.

  O presidente da cooperativa disse, de maneira contundente, que toda esta problemática quanto à ausência de anestesistas no Albert Sabin deve-se unicamente ao posicionamento da SESAB de ainda não ter viabilizado a contratualização dos referidos médicos, mediante a devida e necessária análise jurídica da cooperativa.

  Conclui Heraldo Rocha destacando que, na condição de deputado integrante da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa da Bahia, preocupado com a qualidade dos serviços públicos prestados pelos órgãos estaduais diretamente ligados a área médica, como cidadão, e em particular como também médico por profissão, expressa seus votos de solidariedade aos anestesistas injustamente achacados, e ao fazê-lo, tem também como objeto a promoção e a valorização da classe médica, dando assim o merecido apoio a estes profissionais que, neste contexto, estão sendo colocados pela SESAB como únicos responsáveis pela falta de anestesistas na Maternidade Albert Sabin.