O deputado João Carlos Bacelar (PTN) afirmou hoje, 16, em pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa, que a "falta de comando" do governador Jaques Wagner está trazendo sérios prejuízos para a Bahia.

  A primeira delas é a perda de liderança do crescimento e desenvolvimento da Bahia para o estado de Pernambuco. Enquanto o estado pernambucano prevê um crescimento de 7,32%, acima da média nacional, o estado baiano registrou o seu pior índice nos últimos 10 anos, abaixo da média nacional de 5,25%.

 "São previstos R$34 bilhões em investimentos para Pernambuco, boa parte deles que, tecnicamente, deveriam estar na Bahia, mas que por falta de habilidade política do governador Jaques Wagner, foram perdidos para o governador Eduardo Campos (PSB)", afirmou.

  MULTI ITALIANA
 
  O deputado citou como exemplo a instalação da multinacional italiana Mossi & Ghisolfi, a maior fábrica do mundo de resinas PET, o insumo usado em embalagens plásticas cujos estudos para implantação começaram a ser feitos na Bahia, próximo ao Pólo Petroquímico de Camaçari. Bem como a instalação do Pólo Têxtil, também previsto inicialmente para Camaçari, perdido para Pernambuco. Citando a Revista Época desta semana - Da cana à petroquímica.
 
  Como o governo está transformando Pernambuco, depois de anos de estagnação, em um pólo de atração de investimentos e numa estrela do crescimento econômico - "a virada de Pernambuco se deve também a uma conjunção política favorável, marcada pela chegada ao Palácio do Planalto do pernambucano de Garanhuns Luiz Inácio Lula da Silva. ‘O alinhamento político com o governo federal é um dos fatores que explicam o boom pernambucano', diz Jorge Côrte Real, presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco".

  "O mesmo alinhamento político que beneficia Pernambuco do governador Eduardo Paes; não é o mesmo alinhamento político que ajuda a Bahia de Jaques Wagner. Desde que o governador Jaques Wagner, que destacava a sua aproximação do presidente Lula durante a campanha e os benefícios que a Bahia teria por isso, só fizemos perder. Perdemos os 30 mil empregos entre diretos e indiretos somente com o Pólo Têxtil - duas indústrias de fios de poliéster, 250 malharias e tecelagens e três fiações de algodão.