Uma feira mundial de cooperativas será realizada em Lisboa, em 2008, com o apoio da Aliança Cooperativa Internacional (ACI). Denominada ICA Expo, a feira terá organização da WTM Management, empresa que realiza a Fenacoop há quatro anos.

   Esta foi a principal novidade anunciada ontem, na abertura da Fenacoop 2007, realizada no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. A cerimônia contou com a presença de autoridades e lideranças cooperativistas, que saudaram a nova fase da feira, com enfoque principal em alimentos e busca por mais intercooperação nos negócios.

 Compuseram a mesa o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, João Sampaio, o coordenador da Frencoop/SP, Barros Munhoz, o diretor do Denacoop (Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural), Paulo Roberto da Silva, o presidente da OCB, Marcio Lopes de Freitas, o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, o diretor de Desenvolvimento Humano da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, Mauro Cândido Junqueira, o consultor do Sebrae Benedito Roberto Zurita e o presidente da Fenacoop, Luiz Branco.

  MUDANDO PERFIL

 Luiz Branco acredita que a Fenacoop está mudando seu perfil, numa espécie de recomeço. "Mudamos de espaço físico e queremos iniciar uma nova fase, com mais negócios e voltada à internacionalização. A ICA Expo, baseada em um projeto piloto que desenvolvemos em Portugal em 2006, será lançada oficialmente em Cingapura, na semana que vem", anunciou o presidente da Feira.

  O presidente da Ocesp ressaltou que a feira é a oportunidade para que as cooperativas sejam vistas e reconhecidas na sociedade. "Para que tenhamos força precisamos nos organizar, praticar sempre o associativismo. O cooperativismo é um movimento extremamente justo, feito de pessoas, por pessoas e para pessoas. Por isso, sempre apoiaremos iniciativas como essa", enfatizou Del Grande.

 Freitas, da OCB, disse que a intercooperação precisa ir além do discurso. "Intercooperação não é só ideologia, mas deve ser, principalmente, negócios entre as cooperativas. São os negócios que criam as condições e as relações sociais necessárias ao sucesso dos empreendimentos. É através da eficiência econômica que vamos ter eficácia social", afirmou.

O diretor do Denacoop também reforçou a necessidade de organização das cooperativas em prol de novas conquistas. "Como representante do governo, tenho a certeza de que as mudanças e conquistas são consequência da organização e constante pressão dos setores. É hora de vocês mostrarem força para que consigam aprovar uma nova lei do cooperativismo". Barros Munhoz, que além de coordenar a Frencoop paulista é líder do governo, colocou-se à disposição das cooperativas.
 
 "Estou aqui como um soldado do cooperativismo. Estou orgulhoso pela feira e comungo com os companheiros a necessidade de as cooperativas se unirem e mostrarem sua importância para a sociedade", disse.