A mega-operação envolvendo a Polícia Civil, o Ministério Público e a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, que deveria surpreender a todos os empresários que utilizassem o programa de automação empresarial vendido pela Networks Informática, que, pelo menos em tese, possibilitaria a sonegação fiscal, possui fortes indícios de que houve vazamento de informações favorecendo diversos empresários do ramo de restaurantes.

    A suspeita foi levantada (segundo fontes em off da Sefaz) por um grupo de empresários, após tomarem conhecimento de que alguns dos grandes restaurantes que funcionam na Bahia Marina, substituíram seus sistemas de automação empresarial semanas antes que a mega-operação de combate à sonegação fosse deflagrada.

    Cabe lembrar de que a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda já possuíam o Mandado de Busca e Apreensão autorizado pela Juíza da Vara Criminal, onde a Ação Cautelar corria em segredo de justiça, desde o mês de setembro, tendo aguardado apenas para que diversas empresas regularizassem suas situações, substituindo os programas de automação, para que dessem início ao cumprimento das ações policiais, levando a supor que a operação vazou junto às equipes de inteligência envolvidas nas operações.

   A operação realizada pela polícia baiana, nos mesmos moldes das mega-operações realizadas pela Polícia Federal, surpreendeu a população, pelo aparato empregado, que em algumas ações chegou a superar o empregado no combate ao jogo do bicho e aos caça-niqueis, fazendo crer que, enfim, entraríamos em uma nova fase, podendo esperar igual combate ao tráfico, à prostituição infantil, às chacinas e a violência urbana, mas as evidências de que o vazamento de informações teria favorecido alguns empresários".