Até agora, não está perceptível com maior clareza o movimento do prefeito
O meio político está sem entender, até agora, o movimento que está sendo feito pelo prefeito João Henrique (PMDB) contra a Caixa Econômica Federal, em tese, ainda que seja um banco social e comercial, integrado a estrutura do governo do presidente Lula da Silva.
Até pouco tempo, o prefeito só era elogios à Caixa, inclusive de que conseguira um empréstimo no valor de R$40 milhões ou algo parecido, para pagar 4.700 servidores da Limpurb e outras que, demitidos pelo então prefeito Antonio Imbassahy, mesmo sem serem concursados, requereram direito ao FGTS.
Assim, propagandeava a plenos pulmões que graças a Caixa e ajuda do PT, em especial do deputado Nelson Pelegrino, conseguira, em parcelas ou lotes, ir pagando essas pessoas.
Recentemente, ao lançar a obra de ampliação do sistema viário do Iguatemi, o prefeito voltou a criticar o governo federal e também o governo Wagner, os quais, segundo ele, não estariam dando uma contra-partida à Prefeitura de Salvador como seria esperada.
Depois, após Lula sinalizar simpatia a sua reeleição numa reunião com a bancada do PDT, em Brasília; o mesmo acontecendo com Wagner, em Cachoeira, voltou a dizer que Lula era o maior e Wagner, idem.
Agora, com esse novo movimento, logo contra a Caixa Federal, onde a SESP já notificou seis agências nos últimos dois dias por não cumprirem a lei dos 15 minutos e até ameaçou (vide matéria acima) interditar agências, supõe-se, que o prefeito esteja agindo dessa forma para pressionar o governo federal.
Teria, em tese, seguido o conselho do governador Wagner, em recente entrevista, dando conta de "quem não chora; não mama".
Só que, desta feita, o prefeito está jogando duríssimo contra a Caixa, em nome da lei e em defesa dos consumidores.
Há quem diga que o prefeito, temendo por sua reeleição, "além de chorar e mamar"; quer ficar de bem com o eleitorado.
A Caixa, portanto, que cumpra a lei municipal.