Economia

OPERAÇÃO ÁGUAS PROFUNDAS: R$170 MILHÕES DESVIADOS DA PETROBRÁS

A PF fecha cerco a servidores da Petrobrás envolvidos na corrupção
| 13/07/2007 às 08:43
Curiosidade: homem + alto do mundo, Bao Xishun, se encontra com o + baixo, He Pingping (F:R)
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   O Tribunal de Contas da União (TCU) teria encontrado indícios de pagamentos indevidos nos contratos de construção das plataformas P-52 e P-54 da Petrobras. 
 
   Segundo estimativa do órgão, mais de US$ 170 milhões teriam sido desviados na soma dos dois contratos. Essas irregularidades não são citadas na Operação Águas Profundas, em que a Polícia Federal (PF) investiga supostas fraudes em licitações.
 

   Os indícios seriam de reajuste do valor dos contratos em dólar para corrigir a desvalorização da moeda americana frente ao real, além de outros aumentos nos custos. Os contratos da P-52 e P-54 foram assinados em 2003 (consórcio Fels Setal/Technip) e 2004 (Jurong Shipyard), respectivamente. A investigação do TCU teria começado em abril passado.


   A Petrobras terá cinco dias para responder às questões do TCU e ainda não se pronunciou. O relatório do Tribunal teria chegado à petrolífera apenas na tarde da última quinta-feira, 12.

    COMBATE À
    CORRUPÇÃO

   O ministro da Justiça, Tarso Genro, diz que a Operação Águas Profundas faz parte do combate à corrupção do governo Lula.

   De acordo com Genro, a desarticulação da quadrilha contou com um trabalho integrado entre a PF e a própria Petrobras. O ministro disse que novas provas contra o grupo devem surgir, mas não quis adiantar detalhes.

    "O governo Lula é absolutamente intolerante com a corrupção e vai continuar assim", destacou.


    Tarso ressaltou ainda que o resultado da operação será altamente positivo para a Petrobras e para o Brasil.


   O ministro da Justiça também elogiou o trabalho da Polícia Rodoviária Federal, que prendeu mais de 50 pessoas e apreendeu grande quantidade de armas e drogas nas estradas do Rio de Janeiro durante a Operação Podium.