Economia

TRÊS EXECUTIVOS DA PETROBRAS JÁ FORAM PRESOS PELA POLÍCIA FEDERAL

Muitas suspeitas de irregularidades na Petrobrás
| 10/07/2007 às 19:12

   O coordenador da comissão de licitações da Petrobras, Carlos Alberto Pereira Feitosa, o gerente-geral das plataformas do Rio de Janeiro, Rômulo Miguel de Morais, e o gerente-geral de serviços e sondagens submersíveis, Carlos Heleno Netto Barbosa, são suspeitos de receber propina da quadrilha de fraudadores para repassar informações privilegiadas sobre as concorrências.


   De acordo com os agentes federais, funcionários da estatal e das empresas prestadoras de serviços estabeleciam os valores a serem obtidos ilegalmente nos contratos. Ao todo, já são 13 os presos na operação.


   Segundo um delegado da Polícia Federal, que pediu para não divulgar o nome, representantes de empresas ainda vão ser investigados, depois da análise da documentação apreendida e dos depoimentos dos presos na operação.


   Ainda segundo um dos responsáveis pela investigação, funcionários das empresas acusadas de envolvimento nas fraudes formaram uma associação que agia como uma quadrilha. A intenção deles seria promover o revezamento de vencedores nas concorrências para prestação de serviços à petrolífera.


  Os advogados contatados na sede da Polícia Federal pelo G1 disseram que não poderiam se posicionar porque não estavam inteirados sobre as acusações.


   SUSPEITAS
 

  Segundo as investigações, pelo menos a construção e a manutenção das plataformas P-14 e P-16 beneficiaram os suspeitos. Além dessa forma de atuação, os envolvidos na orgnização supostamente criminosa tinham o mesmo contador, praticavam a venda de produtos superfaturados à Petrobras e mantinham uma rede de empresas fantasmas.


   Os réus irão responder, depois de esclarecida a participação de cada um, por crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, falsidade documental e estelionato.

  Na casa do filho do acusado de ser  o contador da quadrilha, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, teriam sido apreendidos mais de R$ 500 mil em espécie. O suposto contador, seus sócios e um executivo de uma empresa já foram presos na operação.

  Uma fiscal da Feema - a Fundação de Meio Ambiente do Rio de Janeiro -  também foi presa pela PF. Ela teria beneficiado uma das empresas com a concessão de licenças ambientais irregulares.


   POLICIAL
 

   A PF informou que um policial suspeito de integrar o esquema está foragido. Foram expedidos 18 mandados de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão em 89 endereços utilizados pelos suspeitos, entre empresas e casas. Já foram encontrados documentos de contabilidade, notas fiscais, três escopetas e dois fuzis.

   Oito suspeitos vão responder em liberdade porque, embora tenham sido denunciados pelo procurador Carlos Aguiar, não tiveram a prisão decretada pela 4ª Vara Federal Criminal.