A idéia é construir duas centrais, a primeira no Nordeste e a segunda no Sudeste. Os estudos que serão iniciados este ano referem-se à central do Nordeste, região que não tem mais possibilidades de expansão da energia hídrica.
O ideal, segundo o presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro, é que a central nordestina seja construída às margens do Rio São Francisco, antes da Hidrelétrica de Xingó, devido à abundância de água para resfriamento das turbinas.
Entidades do setor preparam um projeto de lei para instituir a cobrança de royalties sobre a produção nuclear com o objetivo de convencer os municípios a aceitar a instalação das usinas. A proposta prevê a cobrança de 2% sobre o faturamento com a venda de energia, que seriam repassados à prefeitura. Atualmente, a sede da única central brasileira, Angra dos Reis (RJ), recebe apenas investimentos sociais da Eletronuclear.
O presidente da empresa frisou que a decisão de dar prosseguimento ao programa nuclear ainda não foi tomada, mas a escolha da localização da central tem de ser feita até meados do ano que vem para que uma nova usina esteja pronta para operar em 2017.
Citando estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Pinheiro afirmou que o Brasil precisará de quatro a oito usinas nucleares até 2030, dependendo do ritmo de crescimento econômico.
Para o Sudeste, ainda não há regiões em estudo, mas Pinheiro diz que a central deve ser construída em áreas próximas dos maiores centros de consumo.