Os sindicalistas querem uma MP alterando as folgas aos domingos
Os empresários querem manter as folgas aos domingos, como prevê a atual lei (F:G)
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A regulamentação do trabalho aos domingos e uma possível mudança na lei federal que permite a abertura do comércio nesses dias da semana, bem como a intransigência de alguns sindicatos em proibir a venda nos supermercados a partir das 14 horas, aos domingos, levaram os empresários a ameaçar com a demissão de 170 mil trabalhadores.
A discussão começou depois que os sindicatos propuseram ao governo a edição de uma MP (medida provisória) que altere as folgas aos domingos. A atual lei federal prevê uma folga aos domingos a cada três trabalhados. O sindicato propôs a escala de um trabalhado por um de folga.
INVIABILIZARIA
O presidente Associação Brasileira de Supermercados, Sussumu Honda disse que isso inviabilizaria os supermercados porque o custo com a mão-de-obra não compensaria a manutenção dos empregos. Neste caso, ele afirma que as redes demitiriam entre 15% e 20% dos atuais 850 mil funcionários no país, o que pode alcançar 170 mil pessoas.
Sussumu defende um rodízio de dois domingos trabalhados por um de folga, para não comprometer os custos das redes.
O presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah, disse que ameaça é "pressão sobre o governo" e que acredita que o rodízio de dois por um poderá ser negociado.
EM SALVADOR
Na capital baiana a queda de braço entre os sindicatos dos trabalhadores e os representantes da Abras esquentou este ano depois que, feito um acordo para que os supermercados só abrissem aos domingos até 14 horas, houve uma aletração das grandes redes e todas voltaram a abrir 24 horas.