Prestadoras de serviços reduziram a qualidade dos serviços
Em alguns pontos, muito lixo é encontrado, com a queda da prestação dos serviços (F/G)
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O secretário da Fazenda do Município, Oscimar Torres, faz milagre e anuncia em A Tarde, através da repórter Patrícia França, que as faturas de pagamento da limpeza urbana de Salvador (R$14 milhões ao mês) estão em dia, "e que nos 4 meses em que está à frente da SEFAZ, não há pendências com a VEGA".
Destacou ainda Oscimar que as "dívidas com as empreiteiras não chegam a R$2 milhões e até julho serão liquidadas".
Diretores de empresas prestadoras de serviços da área de limpeza urbana consultados pelo Bahia Já não se dispuseram a passar informações mais precisas sobre os débitos da Prefeitura com o recolhimento do lixo.
A repórter Patrícia França também tentou falar com a direção da VEGA, na última segunda-feira, 7, mas, não obteve êxito.
Em off, um diretor da VEGA confirmou para o Bahia Já, nesta-terça, 8, que o débito da Prefeitura com a empresa é de R$110 milhões, correspondentes a 3 faturas deixadas pela administração Antonio Imbassahy e mais 7 faturas da atual administração.
Imbassahy quando assumiu havia um ano de atraso no pagamento às empresas de lixo. Ele conseguiu em todo o seu período de governo pagar suas contas do lixo em dia e zerar 9 faturas da época de Lídice, deixando, portanto, 3 faturas pendentes para João Henrique. Este, de sua parte, já atrasou mais 7, totalizando 10 ao todo.
Com Oscimar Torres, é verdade, ele pode ter considerado essas faturas coisas do passado e assumido só o seu período de gestão na SEFAZ, 4 meses de governo (entre jan/2007 e maio/2007).
Teria reduzido de R$17 milhões a cobrança mesal para R$14 milhões entre as três empreiteiras que têm contratos direto com a Prefeitura: VEGA, Torres e Jota Gê, os quais, também, reduziram a qualidade dos serviços.
Outras empresas menores recebem através da Vega, caso da Amaral, por exemplo, mas também estão com faturas em atraso.
ICMS
Sobre a antecipação do ICMS o Bahia Já errou ao dizer que o pedido foi feito prefeito João Henrique. De fato, não aconteceu isso.
Mas, a antecipação da segunda parcela do ICMS de maio, Sefaz a Sefaz, aconteceu e representou como dito por este jornal uma medida tipo socorro para pagar a folha de pessoal, estimada, como diz o secretário em R$45 milhões/mês. Nada, desabonador, mas, um gesto que representa situação de dificuldade financeira.
Quanto a dívida posta por este jornal da ordem de R$300 milhões (período da administração João Henrique) é o que circular no mercado financeiro e na imprensa, já posta não só pelo Bahia Já, mas, também, pela Rádio Metrópole, Rádio Sociedade, TV Itapoan e outros.
O secretário destacou em A Tarde, no entanto, que a dívida gira em torno de R$80 milhões, a arrecadação municipal cresceu 12% no último quadrimestre e a receita mensal da Prefeitura saltou para R$150 milhões.
São, assim, boas notícias. Sinal de que, na visão de Oscimar, a Prefeitura está saindo da crise financeira que atravessa, denunciada, inclusive pelo ex-secretário Reub Celestino.
Alvissaras, pois.