Economia

DIA DO TRABALHADOR: CENTRAIS SINDICAIS PODEM SER LEGALIZADAS

O senador diz que depois do governo Lula as centrais se acomodaram
| 01/05/2007 às 17:13
  Carlos Lupi, ministro do Trabalho, afirmou neste dia do trabalhador que o governo pretende baixar até o final o mês a medida provisória que legaliza as centrais sindicais e destina a essas entidades 10% receita do imposto sindical, contribuição compulsória equivalente a um dia de trabalho descontado anualmente dos trabalhadores.

  O presidente Lula está com a MP pronta, mas só irá assiná-la desde que haja um acordo entre as centrais", afirmou Lupi, referindo-se às divergências sobre o tema, que opõem a Central Única dos Trabalhadores e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores. 

   Em entrevista concedida na praça Campo de Bagatelle, em São Paulo, onde participou das comemorações de 1º de Maio promovidas pela Força Sindical, Lupi avaliou que as centrais avançaram em seu processo de organização e mantêm um diálogo "bem mais maduro" com o governo.


   "O papel das centrais é lutar por melhores condições salariais e de trabalho. Nosso papel é trabalhar enquanto governo para criar essas condições. Mas isso não é simples, é sempre um desafio", comentou.


    PERDA DE CONQUISTAS
 

O ministro do Trabalho disse ainda concordar com a posição da Central Única dos Trabalhadores de que as reformas não podem prejudicar o trabalhador brasileiro. "Nenhum trabalhador pode aceitar a perda de conquistas que foram fruto da luta de uma geração", disse Lupi, em resposta aos comentários do presidente estadual da CUT, Edilson de Paula.

 
   AMARELOU
 
   O senador Cristovam Buarque (PDT) criticou neste 1º de maio, o que chamou de acomodação das centrais sindicais. Ele participou da festa em comemoração ao Dia do Trabalho organizada pela Força Sindical, na Praça Campos de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo, mas não poupou nem os anfitriões de críticas.

   "Está faltando avermelhar o 1º de maio. O 1º de maio está amarelando", disse o senador. "Hoje, aqui, vou propor uma greve geral de uma hora que seja para que os trabalhadores possam dizer: 'educação é progresso' e não 'ordem é progresso'", completou.