O presidente Lula está com a MP pronta, mas só irá assiná-la desde que haja um acordo entre as centrais", afirmou Lupi, referindo-se às divergências sobre o tema, que opõem a Central Única dos Trabalhadores e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores.
Em entrevista concedida na praça Campo de Bagatelle, em São Paulo, onde participou das comemorações de 1º de Maio promovidas pela Força Sindical, Lupi avaliou que as centrais avançaram em seu processo de organização e mantêm um diálogo "bem mais maduro" com o governo.
"O papel das centrais é lutar por melhores condições salariais e de trabalho. Nosso papel é trabalhar enquanto governo para criar essas condições. Mas isso não é simples, é sempre um desafio", comentou.
O ministro do Trabalho disse ainda concordar com a posição da Central Única dos Trabalhadores de que as reformas não podem prejudicar o trabalhador brasileiro. "Nenhum trabalhador pode aceitar a perda de conquistas que foram fruto da luta de uma geração", disse Lupi, em resposta aos comentários do presidente estadual da CUT, Edilson de Paula.
"Está faltando avermelhar o 1º de maio. O 1º de maio está amarelando", disse o senador. "Hoje, aqui, vou propor uma greve geral de uma hora que seja para que os trabalhadores possam dizer: 'educação é progresso' e não 'ordem é progresso'", completou.