Na década de 70 o economista Edmar Bacha usou a expressão Belindia para caracterizar a desigualdade na distribuição de renda do Brasil: uma pequena parte da população tinha renda equivalente à da rica Bélgica, já a renda do povão se equiparava à da então pobre Índia.

  

O Atlas de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador (BA), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mostrou que Salvador é uma nomídia. Moradores do bairro de Itaigara têm renda per capita mensal de R$ 2.135,54, igual à da Noruega. Em compensação, os soteropolitanos da Fazenda Coutos se viram com míseros R$ 82,94, índice semelhante ao Namíbia.

A Namíbia é aquele país miserável que Angelina Jolie escolheu para parir. Mesmo sendo tão bonzinhos e preocupados com a pobreza mundial, duvide-o-dó que o casal Jolie-Pitt sequer sonhasse em freqüentar uma maternidade no subúrbio de Salvador.

Matéria do Estadão mostra ainda que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Grande Salvador é maior que qualquer estado nordestino. Isso acaba com aquela lenda de que a classe média de Salvador é menor que a de Recife e Fortaleza. Os mais ricos daqui ganham 25 vezes mais que os mais pobres.

Além do Itaigara estão no topo da pirâmide da terrinha os moradores da Pituba (Loteamento Aquarius), Caminho das Árvores e Brotas - Horto, claro, já que é impossível que os pessoal  da Baixa do Tubo e de Cosme de Farias morem em barracos por hobby. Obviamente esqueceram de pesquisar a Vitória, bairro que concentra boa parte do PIB baiano.